quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Há coisas que não mudam

Hoje fui lanchar à Bénard. Há já algum tempo que não o fazia e por isso já quase me tinha esquecido como é bom beber um chá, naquele espaço tão agradável. E também já quase me tinha esquecido da antipatia e dos maus modos dos empregados. Dos que recordo de há décadas atrás, já poucos sobram mas, mesmo os novos seguem rigorosamente o que devem ser as regras da casa a esse nível: não sorrir, não falar, ser simpático apenas com os clientes habituais e ignorar os outros. Há coisas que não mudam. Mas seria tão fácil...

8 comentários:

  1. Por acaso, tem piada, que
    é essa a sensação que sinto sempre que também lá vou. Deve ser do "manual de procedimentos" do "bom atendimento" existente no estabelecimento.
    Mas, há sempre um mas, esqueço-me disso por causa dos magníficos "éclaires" que por lá se servem e de que sou maniacamente fã. Vá lá, tão bons como os do Nicola.
    Mas, tem razão, até parece que temos que pedir desculpa por lá entrar.

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  2. Eu tenho de acreditar que o chá e os "éclaires" são magníficos, pois a não ser assim que mais pode justificar a persistência?

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  3. T.Mike: lá pela Bénard devem ter sido precursores deste tipo de atendimento mas nos dias de hoje, infelizmente, têm muitos seguidores à altura.

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  4. Ferreira-Pinto: pois, não sei o que diga. Como não tenho muito espírito de masoquista acho que a persistência só se explica porque gosto muito do interior desta pastelaria, sobretudo a sala lá de dentro. E no meu caso, ainda por cima, nem gosto de éclaires.

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  5. Só isso era motivo para ir lá apenas uma vez, somos humanos, não custa sorrir, falar, aprender, conhecer, enfim evoluirmos como pessoas.

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  6. lunatik: ali no Chiado é difícil escolher. Na Brasileira a situação é idêntica. Penso que é exactamente por saberem que terão sempre clientes, entre os muitos turistas e os que gostam de andar por ali, que não fazem qualquer esforço.

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  7. há uma uma enorme diferença entre a brasileira e a bénard, na bénard há sempre a esperança de um dia, por habituais, sermos tratados bem, como só os habituais aí o são, na brasileira é sempre para pior, ainda assim lembro-me que a brasileira era para o meu avó e amigos e a bénard para a minha avó e amigas, há quarenta anos era essa a divisão,

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  8. Tiago: eu acho que já perdi a esperança em relação à Bénard (provavelmente nunca a tive). Em relação à distinção por sexos, não sabia que existia assim tão marcada. Hoje em dia não vejo essa diferença. Muito obrigada pelo comentário e por passar por aqui.

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