quinta-feira, 30 de julho de 2009

Outra "onda"

Fazendo minhas as palavras da Maria esta é definitivamente outra onda! Esta "menina", que se chama Annie Clark (mas que canta sob o nome de St. Vincent), tem um disco novo, que comprei hoje, e que se chama "Actor". Do que já ouvi deu para perceber que vou ouvir muito e muito mais...

Esta música é ainda do álbum anterior que não conheço inteiro:

Eu não vou lá estar!

Hoje, à noite, no Pavilhão Atlântico, vai estar Leonard Cohen. Apesar de não gostar do espaço estou arrependida de não ter comprado bilhetes. O facto de o ter visto, o ano passado, em Algés, (tenho ainda bem presente essa noite magnífica) pesou na decisão. Mas estou arrependida, sobretudo por não fazer a vontade às minhas filhas que, de tanto ouvirem, são fãs absolutas e pediram-me imenso para ir.
Espero que quem vá traga consigo a certeza de que a memória do espectáculo de hoje irá perdurar por longo tempo, junto com aquelas memórias que temos dos dias quase perfeitos.

Estamos condenados!

Com as eleições autárquicas a aproximarem-se é mais que certo que, em Oeiras, o vencedor está encontrado. A recolha de assinaturas para a apresentação da candidatura de Isaltino Morais (Movimento Independente ‘Isaltino, Oeiras Mais à Frente’) prossegue, a par do seu julgamento, em que é pronunciado por vários crimes, todos relacionados com actos supostamente praticados enquanto titular de cargos públicos.
E o que faz a oposição? Aposta em candidatos fortes para tentar alterar a situação que se vive há tantos anos? Não! O PS apresenta um candidato que, apesar do nome de família sonante, não diz nada aos oeirenses (aliás diz pouco aos lisboetas e já foi vereador na CML) e que, até agora, tem-se limitado a visitar lares de idosos e algumas escolas e pouco mais. O próprio PSD age como se não valesse a pena entrar na luta, ao confundir os eleitores, apresentando uma candidata (Isabel Meirelles), ao mesmo tempo que mostra o primeiro nome de que se falou (Pedro Simões) nos cartazes. Dá uma imagem de um partido que não sabe bem o que quer. Isto para falar só nos dois principais partidos da oposição.
Enfim, perante estes candidatos e sabendo nós que, para muitos, Isaltino continua a ser o autarca modelo, que mudou radicalmente a imagem do concelho, resta-nos saber se teremos um presidente condenado ou um presidente absolvido.

"Let´s look at a trailer"

Ainda falta algum tempo para podermos ver o filme mas fica já aqui uma chamada de atenção para mais uma fantasia a não perder.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Inconvenientes de conduzir um camião

Estrada entre Condeixa e Penela. O homem caminha apressado pela berma da estrada. Até porque o camião ficou mal estacionado. Além disso, quem sabe se algum outro cliente chega primeiro, àquela reentrância da mata, onde aquelas longas pernas o esperam.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Já viram se esta ideia pega?



Imaginem só as possibilidades infinitas:

Sua Excelência o PR ...entrou neste WC em ...

Sua Excelência o PR ...circulou nesta rotunda em ...

Sua Excelência o PR ...comprou três morcelas neste talho em ...

(são só alguns exemplos! A placa da foto encontra-se na entrada do edifício da Câmara Municipal da Lousã.)

A namorada dele só pode ser a outra!

Num restaurante no Algarve três jovens ingleses (2 do sexo feminino e 1 do sexo masculino) estão no final da refeição. Uma das raparigas tem estado num flirt evidente com um dos empregados de mesa. Este, brasileiro, tal como os outros, chega-se a um dos colegas e pergunta, com esperança na voz: tu achas que é namorada dele?

Obélix em Baltum


Com o mar aqui tão perto...


A sombra convidava mas as pessoas preferiam estar na praia!
Albufeira, 2009 (só porque nem tudo está assim tão mau!)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Resposta:

Não, não é Beirute, nem Gaza, nem nada tão distante. Talvez assim se perceba melhor...



Pois, a foto foi mesmo tirada, este mês, em Albufeira! Este é o verdadeiro "Allgarve"!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Onde foi tirada esta fotografia?


Terá sido em Beirute, em 2006? Vão pensando...
Agora que o tempo ficou mais fresco, vou uns dias (poucos) para Norte!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O humor como Serviço Público

Dos melhores momentos de verdadeiro Serviço Público na RTP:



É verdade que foi dirigido para uma pessoa em particular, mas foi um momento com uma enorme carga emotiva que nos fez lembrar a realidade de muitas mulheres (e também alguns homens, certamente).

Lembrei-me de uma conversa, tida há anos, com uma amiga, que trabalhou na alfabetização de adultos. Contou-me ela que uma das primeiras acções, desenvolvidas com os alunos, era tentar que eles se conhecessem, fisicamente, a si próprios. A maioria das mulheres, por exemplo, mesmo as que tinham já filhos, nunca tinha olhado para um homem nu e o que era mais marcante, nunca se tinha olhado, inteiramente despida, num espelho.

Educação – a minha, a deles, a que lhes dão e a que lhes damos

Todas as alturas são boas para falar de educação e é após o final de mais um ano lectivo, e em plenas férias escolares, que vou reflectir sobre um assunto que me acompanhou durante todo o ano. Para mais, nestes dias, em que a comunicação social tem falado dele novamente. É certo que dentro deste grande tema há inúmeros assuntos que têm sido discutidos, até à exaustão, há anos e anos, pelo menos, desde que todos podemos manifestar a nossa opinião. E é aqui que muitos vão buscar a grande viragem operada na educação no nosso país. E é claro que têm razão.
Foi a partir de 1974, ou melhor, a partir da altura em que se verificou uma organização mínima dos governos, que alguns políticos e técnicos definiram a maioria das bases que estão ainda presentes, actualmente, na política seguida para esta área. Algumas como a democratização do ensino, a igualdade de oportunidades, ou seja o acesso de todos à educação, são inquestionáveis. Podemos, no entanto, logo aqui, começar a levantar problemas. Ainda hoje este acesso não é igual em todas as regiões do país, em todas as classes sociais, em todas as categorias económicas, etc., mas só o facto de, na legislação, isso estar salvaguardado, já é um enorme avanço. Não nos podemos esquecer que, ainda há menos de um século, se discutia a pertinência de ensinar o povo a ler. (A propósito da educação durante o Estado Novo o livro de Maria Filomena Mónica “Educação e Sociedade no Portugal de Salazar” é um documento fundamental.) Mesmo depois de Salazar e antes do 25 de Abril, se a escola se abriu muito mais, também é verdade que o estímulo da capacidade de pensar dos alunos só era feita, de forma individualizada, por professores que entendiam ser esse o seu papel e não porque constituísse um objectivo do sistema em si. Eu própria, que passei pelas duas situações (pré e pós 25 de Abril), como aluna, pude perceber a diferença entre um ensino e outro.

Na escola primária, considero que tive um excelente ensino ao nível do português e da matemática, por exemplo, mas sei que não me abriram qualquer horizonte a outros níveis. Quando passei para o ciclo seguinte, já no pós 25 de Abril, os professores e os programas alertavam para outras realidades que nos permitiam questionar uma série de ideias feitas, o que é imprescindível. Mas, na realidade, desde essa altura para cá, sempre houve imensas lacunas.

Voltando ao presente! A minha filha mais velha frequentou, este ano, o 5.º ano numa escola pública (a opção pelo público foi tomada desde o 1.º ano e continua a ser a que considero mais certa). Não sei se a situação é diferente no ensino particular, nas outras escolas, ou nas outras turmas. Segundo a comunicação social, e alguns amigos com filhos no mesmo nível, não será. Na realidade, o que pude acompanhar deixa-me assustada. As notas que ela teve foram muito boas. Eu acho que nunca tive notas assim, naquele nível. No geral, a turma teve notas boas. Houve apenas um aluno que não transitou. Ora aí é que está a questão. O acompanhamento que eu fiz, ao longo do ano, permite-me perceber que, tanto no caso da minha filha, como no caso dos seus colegas, as notas atribuídas foram muito inflacionadas. Não me parece que a exigência fosse baixa. Mas, como a retenção dos alunos é tão difícil e há poucos conselhos de turma, como o da escola de Darque, que assumam situações como a que foi divulgada, mesmo os alunos que tiveram uma prestação muito fraca, acabam por ter uma fila de 3 na pauta. Ora, se estes têm 3, os que são alunos médios têm 4 e os que se destacam um pouco mais têm 5. Não são raros os casos de linhas inteiras de cincos.

E se é verdade que o estímulo positivo, dado por boas notas, pode ser saudável, também não é menos verdade que, quando os resultados não correspondem ao esforço despendido, os miúdos ficam com uma percepção falsa das suas capacidades e intuem que não é necessário trabalhar mais para atingir esses bons resultados, contrariando o que os pais lhes tentam incutir.

Uma das minhas grandes preocupações é exactamente essa. Não podemos atirar para o sistema educativo a totalidade do ónus da educação. É óbvio que há situações de famílias e meios sociais que obrigam a uma intervenção da escola a níveis de que, muitas vezes, não nos lembramos, mas, de modo geral, as capacidades dos pais, de intervirem na educação dos filhos, não são exploradas o suficiente. Quando eu andava nesta fase da vida escolar a questão do enquadramento familiar e das disponibilidades, fora da escola, faziam a diferença. E os pais nem precisavam de se preocupar muito. O facto de aprendermos a ler, a ler bem, facilitava a nossa busca de outros saberes que a escola não dava. Queríamos ler tudo o que aparecia, víamos na televisão programas que nos ensinavam coisas muito interessantes, a par, claro, dos de puro divertimento. Mas era a leitura que fazia a diferença! E é aí que penso que o problema é maior hoje em dia. Pois, lá vem a história das séries de televisão tipo “Morangos com Açúcar”, as Playstations, os jogos na internet… Somos nós, os pais, que temos que controlar o uso de todos esses meios, que estimular a leitura, que os fazer ver outros programas de televisão e fazer tantas outras coisas que são, acima de tudo, responsabilidade nossa.

Mas será que sou só eu a pensar assim ou é mesmo difícil, actualmente, cumprir o nosso papel?
(Mas que enorme texto... desculpem, acho que isto não se deve fazer nos blogues!)

Que boa surpresa!

Há já algum tempo que não ia ao Speakeasy. Ontem, num repente, resolvemos ir! O parque de estacionamento lotado, numa terça-feira, fazia desconfiar que alguma coisa se passava. Só quando entrei me apercebi que quem estava no palco era Ivan Lins. Para lá dos excelentes músicos presentes, entre os quais Laurent Filipe, que toca excelentemente, subiram ao palco, além do Gil do Carmo, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo. Foram tocadas algumas músicas do novo álbum e músicas mais antigas, sim, daquelas que a Elis Regina, a Simone e outros cantaram tão bem... Foi tão bom!

terça-feira, 21 de julho de 2009

A importância do nome das músicas

Não sou muito apreciadora de música sem palavras mas este Norberto Lobo faz com que não seja preciso dizer-se nada.
Além disso os títulos das músicas do álbum, que tenho ouvido bastante ultimamente (e do qual saiu este tema), são únicos e ouvindo percebe-se porque foram escolhidos. Vejam só alguns: Brisa Biónica, Vento em Polpa, Marquise Quântica, Zumbido Azedo.

Docemente só!

Quem circula na Ponte 25 de Abril e observa a área, bastante grande, onde se localizava a Fábrica de Açúcar de Alcântara, e onde já só estão os restos dos edifícios, pode ver, mesmo no meio, um ponto de cor, um quiosque de venda de gelados, com certeza, ali deixado após o fecho do parque de diversões que ali esteve instalado. Algo me diz que não deve ter sido esquecimento!

Piri Piri para para...


E é de venda livre!
(Julho 2009)

Que seca!

Praia da Vieira
(Junho 2009)

É esta a nossa casa?

Vi hoje este filme:



A própria realizadora chama-lhe uma fábula contemporânea sobre a família. As situações extremas que vemos no filme a isso levam a crer. Os actores estão muito bem e o miúdo é fenomenal. A realidade é que o nosso olhar, ao passar pelas casas que vemos à beira das estradas, nunca mais será o mesmo.

Não pude deixar de me lembrar (sobretudo nas imagens do engarrafamento) do conto "A auto-estrada do Sul" de Julio Cortázar, um dos meus favoritos, e que eu considero sublime, em que há como que uma fábula, em espelho, desta. Nesse conto a história é contada de dentro da auto-estrada onde um engarrafamento monstruoso, que durará dias a fio, vai obrigar à criação de relações humanas entre automobilistas, como se de uma sociedade se tratasse.

No final do filme fica a ideia de que, por vezes, é preciso sair de casa para a encontrarmos!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"If you believe they put a man on the moon"

Teorias da conspiração à parte (e eu sou das que acredito que tudo é possível!) sempre acreditei neste feito, não sei se mais científico, se mais político, que encheu de orgulho americanos e humanos em geral. E acho que nós portugueses sempre sentimos alguma afinidade com a colocação daquela bandeira em solo lunar, à semelhança dos padrões erguidos pelos nossos antepassados em terras conquistadas!

Deixo, por isso, um poema que nos lembra que a novidade, afinal, está no local onde a pegada foi deixada e não no homem que a fez!

Poema do Homem Novo

Neil Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.
No calendário da História sublinhou-se
com espesso traço o memorável feito.

Tudo nele era novo.
Vestia quinze fatos sobrepostos.
Primeiro, sobre a pele, cobrindo-o de alto a baixo,
um colante poroso de rede tricotada
para ventilação e temperatura próprias.
Logo após, outros fatos, e outros e mais outros,
catorze, no total,
de película de nylon
e borracha sintética.
Envolvendo o conjunto, do tronco até aos pés,
na cabeça e nos braços,
confusíssima trama de canais
para circulação dos fluidos necessários,
da água e do oxigénio.

A cobrir tudo, enfim, como um balão ao vento,
um invólucro soprado de tela de alumínio.
Capacete de rosca, de especial fibra de vidro,
auscultadores e microfones,
e, nas mãos penduradas, tentáculos programados,
luvas com luz nos dedos.

Numa cama de rede, pendurada
da parede do módulo,
na majestade augusta do silêncio,
dormia o Homem Novo a caminho da Lua.
Cá de longe, na Terra, num burburinho ansioso,
bocas de espanto e olhos de humidade,
todos se interpelavam e falavam,
do Homem Novo,
do Homem Novo,
do Homem Novo.

Sobre a Lua, Armstrong pôs finalmente os pés.
Caminhava hesitante e cauteloso,
pé aqui,
pé ali,
as pernas afastadas,
os braços insuflados como balões pneumáticos,
o tronco debruçado sobre o solo.

Lá vai ele.
Lá vai o Homem Novo
medindo e calculando cada passo,
puxando pelo corpo como bloco emperrado.

Mais um passo.
Mais outro.
Num sobre-humano esforço
levanta a mão sapuda e qualquer coisa nela.
Com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira,
com o coração pequeno e ressequido,
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar, no chão poeirento da Lua, a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.

António Gedeão, in 'Novos Poemas Póstumos'

domingo, 19 de julho de 2009

O padrinho será Pinto da Costa?


A montra é em Lisboa. O casamento será no Porto?

Qual Tamiflu, qual quê!


É certo que não se identifica o tipo de vírus mas, nesta altura em que tanto se fala do H1N1, não deixa de ser questionável que um hipermercado tenha à venda, desta forma, um aparelho como este!

domingo, 12 de julho de 2009

Corrimão ou porta-menus?


As Escadinhas do Duque foram, literalmente, ocupadas pelas esplanadas dos restaurantes. Para quem quer "a restaurant with a view" é bom. Mas para quem, simplesmente, sobe ou desce as escadas há obstáculos a mais. Agora até já nem se pode utilizar o corrimão!

À mercê de quem passa

Quase todos os dias ela lá está. Na esquina da Travessa da Cara, agarrada a um sinal de trânsito, uma mulher, de mais de 70 anos, excessivamente maquilhada, cujo corpo já não lhe obedece, pede, a quem passa, que a ajude a ir até à esquina seguinte.

Olive field for now


Porque não é muito comum vermos o Largo Camões relvado aqui fica o registo.

(Trata-se de uma campanha publicitária de uma marca de azeites)

sábado, 11 de julho de 2009

Sabores a "Caramel e Cinnamon"

A sala não estava cheia. Mas isso não fez qualquer diferença. Na primeira parte, Nicole Eitner. Interessante.

Suzanne Vega, que hoje estará em Londres com Leonard Cohen, e a quem cantámos os parabéns à meia-noite (faz hoje 50 anos), fez-nos recordar canções mais antigas. Lembram-se?



Mas, tal como se esperava, também nos contou histórias novas, como esta, de Frank Sinatra e Ava Gardner, que nos diz que "it's not enough to be in love"!


Frank and Ava Video

Prémio: "Eu não estou aqui para enganar ninguém!"


Isaltino vota na sua segurança!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"Guarda do calor o que guarda do frio"

Estavam 30 graus. Mas a mulher permanecia, como é costume, no mesmo lugar, junto ao Largo do Calhariz, a pedir dinheiro a quem passava, embrulhada num cobertor.
Será que espera que o cobertor retenha o calor do sol para poder usar quando chegar o frio do Inverno?

Ambulâncias a perder de vista


Hoje, em Belém, ninguém iria morrer por falta de assistência médica ou transporte para o hospital!

O optimus já está alive

O comboio estava apinhado de festivaleiros que, de t-shirts pretas (sobretudo alusivas aos Metallica) e garrafas de cerveja de litro na mão, antecipavam o espírito da festa que se seguiria. Seria antes ou depois que iriam extrair o ADN de morangos?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Espermatozóides ou Espermatodróides?

Parece que agora é que os homens vão deixar de ser necessários!
E será que os de laboratório também já sabem nadar?

O cúmulo da coerência

As histórias da exploração a que Joe Jackson sujeitava os filhos já eram conhecidas há muito. Mas aproveitar o tempo de antena, que lhe davam para falar da morte do filho, para promover a sua nova editora discográfica está para além do imaginável. De facto, não pode ser acusado de incoerência!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

CR9 = €€€€€€€€€€....... e os jornalistas Matrioskas

Não, não vou falar do facto da camisola de Cristiano Ronaldo estar a vender à média de 2 por minuto (o que a 85 € cada já dá uma boa quantia), nem de todos os números envolvidos nesta questão. Nem mesmo do facto de 6 canais de televisão em Portugal (3 generalistas e 3 de notícias) terem dado, em directo, a sua apresentação no Santiago Bernabéu pois sei que, em termos de audiências, deve ter havido um pico enorme, para todos os canais, nessa altura.
O que eu achei absurdo foi que, no dia seguinte, numa das peças do Jornal da Noite da SIC, apresentado por Clara de Sousa, esta passou a emissão ao jornalista Pedro Mourinho, em Madrid, que introduziu, como notícia, a entrevista que um outro jornalista da SIC, Nuno Luz, que terá passado o dia 6 com Cristiano Ronaldo, deu à Real Madrid TV e que, segundo afirmou, teria sido a primeira cara a surgir no grande ecrã do estádio (que maravilha!). E lá vimos nós Nuno Luz a falar, como um grande especialista, sobre as características pessoais do jogador, os seus sentimentos e expectativas. Assim se passaram uns largos minutos. Sim, senhor, que interessante que foi ver uma jornalista a apresentar um jornalista que apresentou um jornalista a ser entrevistado por uma jornalista...

Preocupações

No Largo Trindade Coelho, um trabalhador nas obras do espaço público que ali estão a decorrer, que trabalha todo o dia ao sol, abeira-se da vedação e diz para um homem já idoso, com aspecto de mendigo que se sentava, também ao sol, numas escadas de acesso a um prédio: Oh, homem, vá para a sombra que ainda se constipa!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Caído

Rua da Misericórdia. No passeio, um velho caído.
Os telemóveis desligados, nas mãos de alguns transeuntes, indicam que já foi chamada uma ambulância. Junto a ele, de costas, um polícia olha para a rua, aguardando a chegada de socorro.
Ninguém olha para o velho.

Madrid

Num dia em que se ouviu falar tanto do Real Madrid porque não ouvir uma canção belíssima de Joaquín Sabina (que parece que é o hino do Atlético) e que fala da Madrid real?



Allá donde se cruzan los caminos,
donde el mar no se puede concebir,
donde regresa siempre el fugitivo,
pongamos que hablo de Madrid.

Donde el deseo viaja en ascensores,
un agujero queda para mí,
que me dejo la vida en sus rincones,
pongamos que hablo de Madrid.

Las niñas ya no quieren ser princesas,
y a los niños les da por perseguir
el mar dentro de un vaso de ginebra,
pongamos que hablo de Madrid.

Los pájaros visitan al psiquiatra,
las estrellas se olvidan de salir,
la muerte viaja en ambulancias blancas,
pongamos que hablo de Madrid.

El sol es una estufa de butano,
la vida un metro a punto de partir,
hay una jeringuilla en el lavabo,
pongamos que hablo de Madrid.

Cuando la muerte venga a visitarme,
que me lleven al sur donde nací,
aquí no queda sitio para nadie,
pongamos que hablo de Madrid.

sábado, 4 de julho de 2009

Uma oportunidade perdida / Uma outra ganha

A de ver estes excelentes músicos, há uns meses atrás, no OndaJazz / a de ter tomado conhecimento da sua existência (Obrigada, Maria)

Contar a cantar

É o que sempre fez Suzanne Vega que tem um disco novo "Beauty & Crime". Porque gosto de ouvir contar e cantar histórias vou na 6.ª feira, 10 vê-la aqui. E sei que ainda há bilhetes.

E para relembrar uma história de Nova Iorque neste dia que é o da Independência nos EUA...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O (Det)estado da Nação

Ou como, em segundos, se passa de respeitável ministro da economia, para persona non grata para o governo e para o país.
Num debate sobre o Estado da Nação aquelas imagens não podiam ser mais constrangedoras para todos nós!
O que é facto é que este é o dia em que se desfaz a magnífica dupla de "Lino e Pino". Sem ela o Governo não será certamente o mesmo!
Estou curiosa para saber qual a análise que A. Peres Metello, que hoje, na sua crónica, previa que este debate ia ser "algo esquisito" e "distorcido", fará deste assunto.

E a propósito de música...

Num mar de música

Em noites destas sabe bem, muito bem, estar ao Largo!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Uma das razões/poemas porque gosto de Julio Cortázar

El futuro

Y sé muy bien que no estarás.
No estarás en la calle, en el murmullo que brota de noche
de los postes de alumbrado, ni en el gesto
de elegir el menú, ni en la sonrisa
que alivia los completos en los subtes,
ni en los libros prestados ni en el hasta mañana.

No estarás en mis sueños,
en el destino original de mis palabras,
ni en una cifra telefónica estarás
o en el color de un par de guantes o una blusa.
Me enojaré, amor mío, sin que sea por ti,
y compraré bombones pero no para ti,
me pararé en la esquina a la que no vendrás,
y diré las palabras que se dicen
y comeré las cosas que se comen
y soñaré las cosas que se sueñan
y sé muy bien que no estarás,
ni aquí adentro, la cárcel donde aún te retengo,
ni allí fuera, este río de calles y de puentes.
No estarás para nada, no serás ni recuerdo,
y cuando piense en ti pensaré un pensamiento
que oscuramente trata de acordarse de ti.