domingo, 31 de agosto de 2014

Crack!?

Considerando que o crack é uma das formas mais perigosas de consumir cocaína o que é que teria passado pela cabeça dos responsáveis da Panrico quando resolveram dar o nome de bollycao crack a um dos seus produtos? E o spot publicitário é, no mínimo, de mau gosto. Numa suposta "Vila Crack" os seus habitantes apresentam um comportamento... agitado e eufórico porque comem o tal bollycao crack. O protagonista ainda pergunta, incrédulo: - crack!? Pois...

Na feira

À sua volta as luzes fortes e a música estridente das diversões enchem os olhos e os ouvidos de todos os que passam e que parecem não se incomodar. Também ele parece indiferente à algazarra. Olha as filas que se formam junto aos carrocéis que são novidade este ano. Ali, à frente da sua barraquinha, não está ninguém. Os cromados brilhantes, os nomes em inglês e os apelos gritados pelos altifalantes atraem o público, mesmo que aquilo que se paga por uma "viagem" que dura poucos minutos afaste algumas pessoas com bolsos menos recheados. A sua atitude contrasta com a dos outros feirantes. Vestido com fato e gravata, calado, limita-se a estar perto da espécie de teatro de fantoches onde três bonecos nos olham. Numa mesa, três bolas de pano esperam que alguém pague para as atirar contra os bonecos. Apenas isso. São quase iguais aos bonecos e bolas que se encontravam nas feiras na sua infância. De repente, o homem anima-se. Um pai aproxima-se com uma criança. No entanto o objectivo não é atirar as bolas mas utilizar a mesa para a criança se sentar enquanto o pai lhe ata os atacadores dos ténis. A criança nem olha para os bonecos. O homem olha para a criança. Está triste. Penso se para o ano ainda cá virá...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Captain! my Captain! our fearful trip is done...

Dizem que era um dos melhores actores de comédia de sempre. Dizem que nos papéis dramáticos nunca deixou de nos impressionar. Dizem que o álcool esteve sempre presente na sua vida. Dizem que a cocaína também. Dizem que tinha uma depressão grave. Dizem que se suicidou. 
Há umas semanas atrás, vi com as minhas filhas "O Clube dos Poetas Mortos". Achei que já era tempo de verem o filme que ficará sempre associado à passagem à idade adulta e à ajuda da figura livre que era o professor Keating, Robin Williams. Elas gostaram do filme. Saber isso é a minha homenagem.

“Fui para os bosques para viver livremente,
para sugar o tutano da vida,
para aniquilar tudo o que não era vida,
e para, quando morrer, não descobrir que não vivi.”

Thoreau

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"Canto porque és real"

Porque sou fã de Fausto e de Noiserv gostei desta versão ainda antes de a ouvir.



E depois também.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Escorregando...

As imagens deste vídeo fazem disparar a imaginação. Mal o vi pensei em alguns assuntos que poderiam ser comentados, num tom humorístico, à luz deste mega escorrega.
A primeira coisa de que me lembrei é que, comparada a isto, a iniciativa de um presidente de uma Junta de freguesia da Capital ao reutilizar, como piscina, um lago num jardim, não é nada!
Já António Costa, continuando no tema autarquias, se visse isto teria certamente vontade de aproveitar a ideia para instalar “uma destas coisas” desde o Largo do Rato, via Marquês de Pombal e Av. da Liberdade, atravessando a Baixa para finalmente desaguar no Tejo (com direito a duas voltas completas na rotunda). Para a sessão experimental seriam convidados Seguro e os seus apoiantes, de preferência sem bóia ou colchão…. Ou então, dada a circunstância de ser Seguro o actual inquilino do edifício que já se designou Palácio Marquês da Praia e Monforte (isto anda tudo ligado), poderia ser ele a querer levar a ideia para a frente (mas talvez, neste caso, a obtenção da licença fosse mais complicada). O mais certo seria os dois digladiarem-se para ver quais dos dois seria o autor da iniciativa…
A verdade é que o caso GES/BES veio fazer com que outras imagens se sobreponham. As escorregadelas, trambolhões e reviravoltas dadas pelos utilizadores deste escorrega associam-se quase involuntariamente na nossa mente à situação actual de muitos portugueses, das nossas empresas, da nossa economia, no fundo de todos nós. Isto tudo, obviamente, sem a sensação de alegria que parece estar presente no caso dos moradores de Salt Lake City.
Este ano, se pensarmos nas notícias, quer nacionais, quer internacionais, parece que a silly season definitivamente não nos visitou.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

No jardim do Campo Grande

Calças demasiado curtas para as pernas. Fato demasiado quente para um dia de Verão. Mãos que junta atrás das costas, demasiado vazias para trazer alguma coisa consigo. Passos demasiado lentos para ir ao encontro de alguém.