sexta-feira, 31 de maio de 2013

Para quem tem o sonho de ter uma quinta...

Apesar de faltar o preço... Será que a autarquia, para compensar a diminuição dos valores do FEF, está a dar início à venda das caldeiras das árvores da cidade?





quinta-feira, 30 de maio de 2013

Similitudes

- Mãe, estava aqui a pensar que os partidos são assim como a Casa dos Segredos.
- Então?
- Bem, há uns quantos que estão numas casas e resolvem nomear alguns. Depois há um domingo em que o público vota. Quem tiver mais votos vem cá para fora...

M., 13 anos

E ao lado dos carris...


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Património sobre carris

"O comboio é, talvez, um ex-libris do património ferroviário, por ser o que está mais próximo dos cidadãos e, por isso, mais reconhecido, ou mesmo por integrar o universo do coleccionismo. Todavia, o âmbito do património ferroviário é extenso e diversificado, incorporando, material circulante, bens imóveis e móveis, pontes, traçados e até paisagens ou histórias de vida. De que modo, as profundas e rápidas transformações dos hábitos de viajar e a opção crescente pelos transportes rodoviários podem colocar em perigo estes valores patrimoniais, e que soluções se têm encontrado para a sua preservação, são algumas das questões colocadas pelo jornalista Manuel Vilas-Boas, que conversa com a Arq. Paula Azevedo, o Eng. Nelson Oliveira e com os Drs. Jorge Custódio e Rui Cardoso."
É assim que a TSF fala da próxima edição do programa "Encontros com o património", que passa já amanhã, pouco depois do meio-dia. 
Numa altura em que a rede ferroviária do passado, a do presente e a do futuro deveriam ser seriamente discutidas este poderá ser um programa interessante.

Música com desenhos

Fez um ano já que o vi ao vivo. Hoje, por esta hora, está a apresentar o novo álbum, "Roma", como sempre, cheio de humor e bom gosto. Já o comprei. Agora é ouvi-lo!
Deixo aqui o tema já com vídeo. E que vídeo! Para quem desenha bem, Lisboa é mesmo uma bela fonte de inspiração. 


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Na soleira da porta

Os dois homens estão sentados lado a lado, na soleira da porta de um edifício, numa rua movimentada, onde tanta gente passa apressada. Um deles, com as pernas estendidas para o passeio, segura a muleta com uma mão e um recipiente de plástico onde se vêem algumas moedas com a outra. O outro, com as pernas dobradas, segura no colo um computador portátil que consulta com atenção.

Escalas

M., depois de eu a censurar por ter deixado por pagar o lanche que consumiu no bar da escola:
- Ó mãe, o país com uma dívida pública de tantos milhões e tu preocupada com 1,70€.

M., 13 anos

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cachecóis há muitos...

Como benfiquista que sou, este segundo lugar na Primeira Liga, a um ponto do primeiro, deixou-me triste. Nem discuto se este foi o final mais justo para uma prova que obrigou Benfica e Porto, a uma disputa como há muito não se via. Erros dos árbitros à parte, no final há sempre um vencedor que conseguiu ultrapassar todos os outros, dentro do campo. E este ano, mais uma vez, foi o Futebol Clube do Porto que o fez. É por isso que os seus adeptos têm razões para festejar. Mas confesso que as imagens que vi na televisão, mal o fim do jogo chegou, foram deploráveis. Da principal avenida do Porto e dos locais onde os jornalistas estavam em directo, as imagens mostravam cachecóis que eram agitados, mas que, na sua maioria, tinham, não palavras positivas  sobre o vencedor, mas outras agressivas e injuriosas dirigidas ao Benfica. Ao mesmo tempo, também, que os repórteres faziam os directos, adeptos dirigiam-se às câmaras e aproveitavam para fazer sair da boca mais umas quantas palavras ofensivas.
Sei que o futebol, como outras actividades humanas, traz à superfície muito do mais primário de cada um e a demonstração da supremacia de um grupo sobre outro faz parte desse mundo. E sei, ainda, que, se o campeão fosse o Benfica, haveria cenas destas. Mesmo assim chocou-me a forma como se transformou uma comemoração num ajuste de contas entre rivais. E os realizadores de TV (pelo menos do canal que eu estava a ver) ainda ajudaram pois parecia estarem à procura destas situações mais do que da verdadeira festa que, apesar de tudo, espero que tenha existido.

domingo, 19 de maio de 2013

Uma das razões/poemas por que gosto de Al Berto

há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado

por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém

e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão

(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no
coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)

um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade 

in , Al Berto, O Último Coração do Sonho , Quasi edições, 2006, pág. 43

quinta-feira, 16 de maio de 2013

As letras "politicamente incorrectas"

Confesso que não sei explicar muito bem porque é que não gosto do acordo ortográfico. Muitos dizem que a resistência à sua utilização se prende com a nossa típica resistência à mudança. Poderá até ser. É mais fácil escrever como sempre o fizemos. Claro que sim. Mas até por isso, continuo a não compreender as tais regras que, em muitos locais, vemos já aplicadas. Custa-me, por exemplo, ver as minhas filhas na escola aprenderem a escrever de uma forma diferente da minha. É evolução, dirão; a língua não deve ficar estática, acrescentarão. São argumentos que fazem sentido se se tratar de uma evolução natural, nascida no interior da própria língua. Este acordo não nasceu assim e ainda não me convenceram, até agora, da sua bondade. Continuo, por isso, a defender as vogais e as consoantes que querem arredar das palavras, por decreto, situação que chega, em alguns casos, a dificultar a compreensão das frases.  
E se eu as defendo da única maneira que posso, utilizando-as, há quem o faça de forma mais aprofundada e complexa. Pedro Correia, decidiu passar à acção e deixar escritas as razões pelas quais considera este acordo uma aberração. Podemos lê-las neste livro 


que está já à venda e que será apresentado por Pedro Mexia na próxima terça-feira, dia 21, a partir das 18.30, na Livraria Bertrand do Picoas Plaza (Lisboa).

sábado, 4 de maio de 2013

King e Chavez

O tempo passado nas afinações não foi, neste concerto, tempo perdido. A importância desse preliminar, prévio a qualquer tema tocado, só reforçou a importância das guitarras, verdadeiras protagonistas. Kaki King cantou uma única vez. Mas o seu poder está na forma como nos surpreendeu ao tirar da guitarra sons que não nos pareciam, à partida, possíveis. Pelo meio ainda conversou connosco sobre a sua vida e contou alguns episódios caricatos da sua experiência em Lisboa. 
Antes houve Frankie Chavez. Modesto, na contenção com que lidou com o público, mas grande na forma como se concentrou na sua arte. Grandes canções e interpretações a condizer. Um grande músico.
Os dois tocaram juntos alguns temas. O amor que têm pelas suas guitarras parece ser comum e foi bonito vê-lo assim, partilhado. Ficámos nós a ganhar. 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A diferença que faz uma t-shirt

Ele está no mesmo lugar de sempre. Os movimentos com que indica os lugares vagos para estacionar são os mesmos que faz todos os dias. Só o rosto, hoje com um sorriso, é diferente do habitual. Traz vestida uma t-shirt encarnada com um emblema com uma águia e três estrelas no topo.