A minha filha mais velha foi, esta quinta-feira, visitar a Assembleia da República. Do que ouviu no plenário diz que não percebeu nada. Teve azar: o Orçamento de Estado e as Grandes Opções do Plano não são propriamente um tema sedutor para uma miúda de 11 anos. O que ela e os colegas mais gostaram foi de observar o comportamento das figuras mais conhecidas da televisão. Quem gritava mais, quem esbracejava mais, quem se mexia mais na cadeira. Pelo menos hoje a sala estava composta pelo que a ideia com que ficou do Parlamento foi de um local com muita gente onde se discute muito. Não foi mau.
Como entraram por volta das 14.30, e eu tinha-lhe dito que era dia de manifestação, ela esteve atenta ao exterior. O comentário que fez foi: “aquilo é que é uma manifestação? Só vi umas pessoas lá paradas a conversar”.
Tem de explicar à sua herdeira mais velha que os manifestantes se dividem por categorias e que aqueles, apesar de parados, são muito lestos de língua, juízos e processos de intenções!
ResponderEliminarO meu amigo Ferreira-Pinto disse tudo.
ResponderEliminarE metade dos "manifestantes" eram fotógrafos e jornalistas que, julgo eu e a bem da independência dos meios de comunicação, estavam ali apenas a fazer o seu trabalho.
ResponderEliminarSem dúvida, Ferreira-Pinto!
ResponderEliminarTem razão, Rui. Nem a ideia de vestir de branco pegou (porque se contássemos só com esses, então...)
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