Suspendo a mão entre o A e o B,
entre a minha vida e a vida que andará
dentro da minha vida.
E o mundo refloresce
com memórias de rios e montanhas
inundando estes mares de sal e carne
onde me afogo
para respirar.
in Pedro Tamen, o livro do sapateiro, Lisboa, Publicações D. Quixote, 2010, p. 34
.
ResponderEliminarQue poema belíssimo, Ana!
Beijinho e bom fim-de-semana:))
Do livro 28 poemas de Amélia Oom:
ResponderEliminarQuem não sentirá desânimo
no fim de mais um dia
inconsequente?
Quem o não sentirá
ao pisar as folhas mortas
que formam tapetes crepitantes
no fim de cada Outono?
Quem não sentirá desânimo
por não ser o génio
que desejou ter sido?
Quem o não sentirá
ao ver que não fez algo
que podia ter feito?
É bom descobrir a voz dos poetas!
Analima,
ResponderEliminarSem espanto, porque gosto e sempre gostei.
São belíssimas estas linhas.
Um abraço e bom fim de semana.
Bom fim de semana também para vós (cheio de poesia) :)
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