Espera
Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.
in Eugénio de Andrade, Corpo de amor, Colares editora
(Já foi ontem que passou mais um ano sobre o seu nascimento)
Analima,
ResponderEliminarBelo como todos os outros que Eugénio escreveu, com a sua linguagem inconfundivel.
Irónica, contudo, é a situação da Fundação Eugénio de Andrade. Esperemos que aconteça o bom senso necessário para ultrapassar o problema.
Um abraço.
Bem, sendo o próprio presidente a considerar inevitável a extinção, provavelmente será isso que acontecerá. Não sei se a Câmara do Porto terá capacidade para "aguentar o barco". Abraço.
ResponderEliminarGosto deste poema do Eugénio de Andrade.
ResponderEliminarPorque evoca um modo de esperar
quase impossível de sucesso,
mas, na verdade, sem nenhuma
contradição que o anule.
Logo, é possível!
:)
E eu gostei desta forma de "ler" este poema!
ResponderEliminar