Li agora mesmo este texto de João Lopes no Sound+Vision. Não podia concordar mais. Aliás ia também referir aqui algo que vi hoje e me deixou perplexa. Logo de manhã, ao chegar à estação do Cais do Sodré, me deparei com uma bancada, do género das que vendem pirilampos mágicos na época dos ditos. Mas, neste caso, a bancada estava repleta do mais recente livro de Dan Brown. Junto a ela, um homem, vestido de fato e gravata, que tomei como o vendedor. Eu não gosto de falar do que não conheço e por isso não me vou pronunciar sobre o conteúdo do livro, nem de nenhum outro livro do autor. Posso, no entanto, dizer que as capas dos seus livros me parecem todas iguais.
À tarde lá estava o vendedor e a sua bancada repleta. Não percebi se não vendeu os livros ou se o ritmo da reposição era superior ao da reposição de produtos em promoção nos hipermercados em horas de ponta. Pelos vistos a polícia não o multou, nem lhe apreendeu a mercadoria, o que significa que tinha autorização para ali estar. E, desta vez, tinha uma cliente. Uma senhora, na casa dos 60's, a quem dizia, provavelmente depois de ter sido questionado sobre o tema do livro: "é sobre coisas antigas".
Como estratégia de vendas talvez resulte. Quanto a mim ainda não vai ser desta que lerei um livro de Dan Brown. Será que a editora considera que estamos todos tão ansiosos por comprar esta obra que não conseguimos sequer chegar a uma livraria para o fazer?
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