Que a fotografia podia ser uma terapia já se sabia. Mas a perspectiva que costumamos ter é a de que essa terapia funciona em relação a quem fotografa. Pois parece que a relação não é só nesse sentido. Ser fotografado também poderá ser uma forma de aumentarmos a nossa auto-estima.
Poder sentir-se uma modelo profissional, com direito a sessão de vestir/despir, maquilhagem, poses mais ou menos sensuais faz, segundo quem já experimentou, milagres e não é assim tão caro, se comparado com sessões em SPA's, por exemplo. Digo "uma" modelo porque, por enquanto, ainda só ouvi falar de uma empresa a trabalhar nesta área, que se dirige, exclusivamente, ao sexo feminino. Parece que as clientes têm idades entre os 30 e os 40 e o prazer que dizem ter, ao observar o resultado final das sessões, é enorme.
A propósito de uma intervenção numa conferência, a que assisti dia 27, cito o seu autor, Gilles Lipovetsky, quando dizia que "o narcisismo, pela atenção escrupulosa que concede ao corpo..., faz cair as resistências tradicionais e torna o corpo disponível para todas as experimentações".
in Gilles Lipovetsky, a era do vazio, Relógio D'Água, p. 60
Poder sentir-se uma modelo profissional, com direito a sessão de vestir/despir, maquilhagem, poses mais ou menos sensuais faz, segundo quem já experimentou, milagres e não é assim tão caro, se comparado com sessões em SPA's, por exemplo. Digo "uma" modelo porque, por enquanto, ainda só ouvi falar de uma empresa a trabalhar nesta área, que se dirige, exclusivamente, ao sexo feminino. Parece que as clientes têm idades entre os 30 e os 40 e o prazer que dizem ter, ao observar o resultado final das sessões, é enorme.
A propósito de uma intervenção numa conferência, a que assisti dia 27, cito o seu autor, Gilles Lipovetsky, quando dizia que "o narcisismo, pela atenção escrupulosa que concede ao corpo..., faz cair as resistências tradicionais e torna o corpo disponível para todas as experimentações".
in Gilles Lipovetsky, a era do vazio, Relógio D'Água, p. 60
E então podemos ou não ser narcisistas?
prefiro fotografar.
ResponderEliminarTambém eu. Só achei curiosa esta nova forma de consumo associada à crescente importância dada ao corpo.
ResponderEliminarIsto é uma ideia do caraças! Em tempo de crise, há que inovar. Não tarda nada começo a organizar essas sessões aqui no norte. Eheh. Porra, como é que ainda não me tinha lembrado disto?
ResponderEliminarVá lá, quando organizares as sessões, não te esqueças que, apesar de me ter limitado a falar de uma ideia que alguém já teve, foi aqui que a leste.:)
ResponderEliminarQuanto a mim que gosto também mais de fotografar do que ser fotografado, só tenho a dizer: depois não te queixes. É que vais continuar a ser uma das minhas vítimas-alvo. Afinal, é tudo para teu bem e para a tua saúde mental. LOL
ResponderEliminarAntónio: OK! A ti perdoo-te e aproveito para agradecer a foto que aparece aqui ao lado! Na realidade, se não fosses tu, não teria por onde escolher!
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