No dia em que sabemos que o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu arquivar a insistência de Sócrates no processo contra o jornalista João Miguel Tavares, realçando a questão da “liberdade de expressão”, ficamos também a saber que uma organização internacional considera que Portugal desceu bastante na lista dos países mais respeitadores da liberdade de imprensa.
Toda esta questão pode ser muito discutida mas, assim, sem grandes elaborações, se, por um lado, a segunda notícia é preocupante (claro que precisávamos saber quais os critérios utilizados nos questionários feitos a "jornalistas e especialistas dos media" para compreender isto melhor) a primeira mostra-nos que, pelo menos os tribunais, ainda defendem a tal liberdade de expressão que, felizmente para nós, que não estamos em países como, por exemplo, a Itália, tem de ser entendida até pelo Primeiro Ministro.
A propósito deixo uma imagem de um cartaz que acho muito simples e eficaz.
Estamos ao nível do Mali... enfim...
ResponderEliminare da Costa Rica. Mas como gostamos de ver também o lado menos mau, estamos à frente da Itália (já seria de esperar) e de Espanha (que surpreende um pouco mais).
ResponderEliminarO problema é Portugal ter uma democracia muito recente e o mais grave são as gerações pós revolução estarem a adoptar métodos ancestrais de governação. Não sabem perder, não sabem dialogar, não sabem o que é solidariedade, não sabem o que é honestidade e possivelmente não sabem o que é ser digno dos lugares que ocupam. Penso realmente que este país sempre teve uma certa tendência para não saber viver em democracia ou, se alguma vez soube o que isso era, perdeu-se nos tempos.
ResponderEliminarVá lá,... a democracia pode ser recente (e imperfeita) mas é democracia. O facto de nos apercebermos de algumas imperfeições (não todas porque a informação não é assim tão abrangente e profunda)e podermos apontá-las, prova-o. Claro que a nossa exigência deve ser cada vez maior. Mas aí cabe-nos a nós, no que depende da nossa vontade e atitude, ir contribuindo para que essa exigência vá sempre aumentando.
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