terça-feira, 13 de outubro de 2009

Este país também é para velhos

Os locais onde estão instaladas as mesas de voto tornam-se, em dias de eleições, sobretudo em áreas urbanas, como aquela onde voto, onde os idosos não circulam muito pelas ruas, lugares onde constatamos que o envelhecimento demográfico não é só coisa de cientistas sociais.
As Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e várias associações transportam, gratuitamente, os mais velhos (e outros cidadãos com mobilidade reduzida) até ao local de votação. Para estas pessoas, que passam grande parte do tempo fechadas em casa ou em lares e centros de dia, esta é uma oportunidade, que parecem agarrar com alegria, de sair, de vestir a sua melhor roupa. É domingo e é dia de encontrar muita gente.
Os autocarros aguardam-nos à saída mas eles prolongam o momento, conversando com conhecidos, dando a conhecer os netos e bisnetos uns aos outros, observando o movimento.
É certo que votar é, para muitos destes eleitores, uma ocasião a que não podem faltar pois já bastaram eleições no passado em que o esforço de deslocação não existia mas em que disso estavam impedidos, por um regime que entendia que os votos deviam ser só para alguns.
Por estas razões tão diversas, a que se acrescentam as que movem também todos os outros, votar é, para muitos, uma festa que não querem perder.
E para nós, que desde que temos idade para votar o podemos fazer em liberdade e que banalizamos este direito ao ponto de não o exercer, não deveria também ser?

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