Esta não é uma noite de Lua cheia mas hoje a noite foi de Lobo. Norberto Lobo tocou, na Culturgest, a sua guitarra acústica e a sua tambura (que é o seu principal instrumento quando toca nos Tigrala) acompanhado de Guilherme Canhão, na guitarra e Ian Carlo Mendoza, na percussão.
Foi fácil apercebermo-nos da cumplicidade entre estes músicos mas extraordinário é apercebermo-nos, também, da cumplicidade entre os próprios instrumentos, que parecem ter vida própria.
Quanto a Norberto, a sua aparente timidez não parece coadunar-se com a quantidade de músicos importantes com quem já tocou, em Portugal e no estrangeiro (fez, por exemplo, a primeira parte de um concerto de Lhasa de Sela).
Não nos cansamos de admirar as suas mãos quando toca. Esquecemo-nos que é um auto-didacta. Como pode alguém tirar aqueles sons da guitarra sem ter passado por uma escola? Mas a sua relação com ela deve ter crescido ao mesmo tempo que ele próprio crescia. Só assim se compreende o respeito que o músico tem por aquele instrumento que, de forma quase humana, lhe responde, dando-lhe tanto. Que bom ter testemunhado hoje essa relação.
Ainda bem que passei por aqui para, mais uma vez, me deliciar com os seus textos! É que, por onde passei até agora é "vira o disco e toca o mesmo" e já não tenho paciência. Mas o problema também é meu porque que não procuro outros blogues mais interessantes para colocar na minha lista e, assim, não me posso queixar.
ResponderEliminarJá anotei os endereços deste músico e espero poder ouvi-lo brevemente.
Obrigada, Ana, e um beijinho.
Um beijinho também para si. Gosto sempre de a "ver" por cá. Quanto ao Norberto Lobo já é a terceira referência que lhe faço aqui. Ele merece atenção.
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