sábado, 5 de dezembro de 2009

Pintar um bairro como quem pinta um mundo

Há uns meses atrás, durante alguns dias, cada vez que passava na Galeria Bernardo Marques, na R. D. Pedro V, em Lisboa, ficava longos minutos a olhar a obra que estava na montra, uma planta do Bairro Alto, que tinha tanto de mapa real como de mapa mental. Era nitidamente de alguém que amava o bairro e cujos traços e aguarelas sugeriam um sítio vivido, um sítio que, sendo do pintor, era também nosso.

Este foi o meu primeiro contacto com Tiago Taron. Agora, algum tempo depois, Tiago passou nos “dias imperfeitos” e pude então perceber que ele não só pinta bem como, além disso, escreve bem e defende, seriamente, as causas que considera justas.

Porque a beleza está em todas as suas obras, mesmo as que se nos afiguram mais taciturnas, vejam-nas e deliciem-se no AMOR AO QUADRADO.

2 comentários:

  1. Analima. O quadro que refere acabou por ir para a Irlanda, Dublin, confesso que gostava de ficar sentado do outro lado da rua a ver as pessoas a olhar para as ruas do mapa, havia uma imaginária, chamada Alcino Cardoso, em homenagem ao rapaz que há anos foi morto pelos Skins, havia também uma frase de um graffiti: with out true you are a looser, frase de que me tenho lembrado muito nesta questão em que me envolvi da defesa do jardim do príncipe real. Tem imagens desse quadro no Blog, salvo erro no mês de Março ou Abril. Muito obrigado pela sua referência. Conheci o seu Blog a partir do blog da Sylvia Beirute, esse sim, um sítio único e raro. Atá já.

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  2. Ah, o artista contempla os que contemplam a sua obra. Interessante. A referência é sentida por isso não tem que agradecer.

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