Ele era grande. Um homem muito alto. As mãos acompanhavam o seu tamanho. O livro que elas agarravam era pequeno (de bolso) mas ficava-se com a ideia que, naquelas mãos, qualquer volume pareceria insignificante. Era como uma árvore, maior que as que se encontram à sua volta. Do boné saíam chamas. Ele estava a arder. Ao pé dele todos os passageiros daquela carruagem de metro eram pequenos. Ele não estava à vontade. O hábito de se sentir observado ainda não devia ser suficiente para ignorar os olhares. Curvou-se quando saiu como que a pedir desculpa por estar acima de todos os outros e não porque só assim conseguiria sair.
gostava que isto estivesse inscrito na fantástica azuleijaria do metropolitano de Lisboa.
ResponderEliminarOs azulejos merecem muito melhor. E felizmente têm-no. :)
ResponderEliminaros da do Parque, os outros das outras estão vagos para esse retrato escrito
ResponderEliminar:)
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