domingo, 27 de dezembro de 2009

Aquecimento ou arrefecimento global? As teses contraditórias.

Estou plenamente convencida que, a nível global, a intervenção humana na Terra causa ao planeta mais danos que benefícios e que tudo o que puder ser feito, por cada um de nós, para minorar esses danos, deve ser feito. E claro que, se ao nível individual há muito a fazer, quando pensamos em organizações, com dimensões variadas, desde empresas a governos, esse muito tem que ser várias vezes multiplicado.

Mas enquanto ser humano preocupado com o ambiente não posso deixar completamente de lado a possibilidade de todas as teses que são comummente aceites, não estarem completamente encerradas nas suas conclusões. Esse é aliás o princípio do espírito científico.

Não sou adepta de teorias da conspiração e afins mas acho até contraproducente, para as aspirações dos que tomaram para si a defesa dos interesses do planeta, o constante relegar para segundo plano das teorias que não estão de acordo com as que tomamos como adquiridas. Por exemplo as que defendem que o planeta sofrerá não um aquecimento mas um arrefecimento global. Não possuo conhecimentos suficientes que me permitam sequer ter opinião sobre o assunto mas acho muito pouco ético notícias como as que surgiram no final de Novembro (e podemos ver aqui alguma tentativa de influenciar a cimeira de Copenhaga) que dão conta de situações graves de omissões e tentativas de alteração de dados que tentam demonstrar o contrário do que hoje em dia se dá já como adquirido relativamente ao aquecimento global.

Há ainda quem, como Bjørn Lomborg, defenda uma profunda alteração relativamente à forma como se deve reagir aos fenómenos climáticos, colocando a tónica nas questões económicas e considerando exagerado a situação, de algum pânico, criada à sua volta.

Acredito, como já disse, que, ou pelo arrefecimento ou pelo aquecimento, o futuro do planeta Terra parece estar a sofrer condicionamentos que, mais tarde ou mais cedo, terão consequências graves. Mas não me parece que seja calando as vozes discordantes, sem que as suas teses tenham hipóteses de ser discutidas, que este problema maior será ultrapassado.

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