Fiz uma única viagem nesta linha, entre Faro e o Barreiro, há 20 anos, no Verão de 1989. Viagem de que ainda hoje recordo alguns agradáveis pormenores. Mas há muitas pessoas que irão recordar muitos mais.
A realidade é que, tal como diz a CP que, não há muito tempo, tinha investido nela, em termos de modernização, não é viável a exploração de uma linha que apresenta um número inferior a 1 passageiro por comboio, na totalidade da ligação (eram as ligações para estações intermédias que tinham mais passageiros). A auto-estrada para o Algarve pode ser apontada como a grande culpada. Mas esta nossa forma de eleger o automóvel como rei e senhor de todas as deslocações também.
Um filme da passagem deste comboio pela estação do Lavradio pode ser visto aqui (obrigada Rui Ribeiro).
Lenta e paulatinamente vamos matando a ferrovia.
ResponderEliminarA culpa não é só da CP mais a REFER, mas que as suas obtusas escolhas quanto a horários, por exemplo, ajudam, lá isso ajudam.
Mais uma linha encerrada e eu lamento bastante, porque é o meu meio de transporte preferido. Dá para ver a paisagem calmamente, para ler, para conversar...faço uma certa associação romântica ao combóio. Seria muito melhor para o país, preferir o combóio ao automóvel, porque chapas volantes nas estradas em linha compacta dão cabo da paisagem, mas enfim há pessoas que gostam mais do carrinho do que da sua casa!...
ResponderEliminarE com o TGV? Também vai dar prejuízo com certeza, mas claro nós temos que estar entre os primeiros, tesos, mas na crista da onda!...
Manuela
Ferreira-Pinto: as empresas que exploram os Caminhos de Ferro têm de certeza muitas culpas (nestas coisas ninguém é inocente) mas quanto a mim é uma questão de mercado e o facto é que o automóvel, dono e senhor de todos os territórios, tem vindo a roubar ao comboio tantos passageiros que se torna muito complicado manter certas linhas. É claro que podemos apresentar muitos argumentos que vão no sentido de certos percursos serem transformados em recursos turísticos, por exemplo, mas também aí não há garantias de que o investimento compensasse. E, infelizmente, para situações como estas, continua a ser a economia a ditar as leis.
ResponderEliminarManuela: também para mim o comboio é o meu meio de transporte favorito. Quanto ao TGV se a ideia de romantismo já perdeu força com a passagem do comboio a vapor para o eléctrico; então com o TGV... Mas, mais uma vez, as questões económicas parecem sobrepor-se, embora, no que a este tema diz respeito, parece ser o curto prazo o único a apresentar benefícios.
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