quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

中國商店在市中心



(Se confiarmos no tradutor do Google o que está escrito é "Lojas chinesas na Baixa")

Não tenho nada contra a comunidade chinesa presente no nosso país, nem contra o desenvolvimento de actividades económicas por parte dessa comunidade. Esse desenvolvimento é tanto mais pujante quanto as condições económicas das famílias portuguesas as obrigarem a comprar artigos, nem sempre com a qualidade que se exige a outros fabricados noutros países mas que, dados os preços mais baixos, têm cada vez mais mercado.

A Baixa é uma das zonas da cidade de Lisboa de que mais gosto. Passear nas suas ruas, sobretudo agora com o tempo mais frio, é uma terapia que não dispenso.

É por isso que é uma dor de alma ver os pisos térreos dos edifícios pombalinos completamente descaracterizados por estas caixilharias e estas montras, sem qualquer cuidado estético, onde a mercadoria se amontoa e os manequins, todos iguais de loja para loja, com traços ocidentais mas com a atitude rígida que faz lembrar os tempos da revolução cultural chinesa, nos conseguem deixar deprimidos.

A quantidade de lojas deste tipo que têm surgido, sobretudo na R. dos Fanqueiros e na R. da Prata, substituindo outras lojas que não conseguiram sobreviver, é assustadora.

Não sei se alguma coisa poderia ser feita. A ideia de pura e simplesmente proibir a sua instalação, como já se falou, não me parece possível nem, quanto a mim, é desejável.

Uma coisa eu sei. Tem sido mais difícil, para mim, fazer a terapia.

1 comentário:

  1. Eles coitados, às tantas são os que menos culpas têm no cartório; escusavam é de ser todos assim tão iguais. Às vezes até dá arrepios. Entra-se numa loja, sai-se, entra-se noutra e é o mesmo ... fica-se mesmo com a sensação que ainda nos aparece um Guarda da Revolução!

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