sexta-feira, 23 de julho de 2010

Temos mesmo que esperar pela chuva?

Há 2 meses atrás referi aqui, embora não directamente, que a conclusão das obras no Jardim do Príncipe Real, em Lisboa, estava para breve e que, por isso, poderíamos voltar a usar o jardim como fazíamos antes.

A verdade é que não tenho utilizado o jardim como fazia. E aqui tenho de dar o braço a torcer face aos mais cépticos. Quando as obras se iniciaram defendi que se devia dar o benefício da dúvida a quem projectava e as executava. Eu dei. Algumas coisas, nomeadamente o estado das árvores, não discuto por não ter conhecimentos suficientes para me poder pronunciar. Mas parece-me triste ver os canteiros quase despidos de plantas, onde sobressaem os tubos da rega automática que, aparentemente, não funcionam. E o problema principal: o material escolhido para o pavimento, aquele saibro que, com qualquer vento, larga um pó que continuamente se espalha por todo o lado. Confesso que, por vezes, opto por caminhar no passeio, ao sol, em vez de passar onde já sei que, provavelmente, serei envolvida por uma nuvem de pó. E a esplanada do quiosque é agora um local que frequento muito menos pela mesma razão.

Do gabinete do vereador do pelouro falam da estação do ano, que não será favorável à estabilização do pavimento, e da necessidade de chuva. Hoje, m. nagashima, o pintor que retrata, há anos, o jardim e os seus frequentadores, trocou, por um bocado, os pincéis pela mangueira e regou parte dele. Não deve ser fácil pintar naquelas circunstâncias.

Espero que a situação possa ser corrigida pelos responsáveis pela intervenção para que possamos voltar a fruir o jardim como costumávamos fazer. Estes espaços foram criados para serem vividos e não para afastar as pessoas.

Sem comentários:

Enviar um comentário