sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Quase sem habitantes mas com prémio...





Os arquitectos Alves Costa e Sergio Fernandez receberam recentemente o grande prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte/Ministério da Cultura. Um dos trabalhos referidos pelo júri foi o estudo de recuperação e valorização patrimonial da aldeia de Idanha-a-Velha (integrada no Programa das Aldeias Históricas). Porque andei por lá recentemente e gostei do que vi deixo aqui a referência.


Idanha-a-Velha, Julho 2009

7 comentários:

  1. Já há uns tempos q penso passar por lá.. tb tem uma judiaria?
    Tb recordo a ausência de pessoas, mas, podendo, no Verão, as pessoas no alentejo fogem para o litoral - tb era assim em Beja e em Mértola: mta gente tinha 2.ª casa no Algarve e na costa alentejana.. oh, sim, tb nas cidades e vilas do interior se assiste à globalização de interesses e de destinos! pode bem ser, q a ausência de residentes no Verão signifiq, afinal, mlhrs recursos dos poucos (ok, vá!) habitantes!

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  2. Alguns arquitectos têm feito trabalhos extraordinários e as autarquias que os aproveitam na recuperação de aldeias quase desabitadas, transformando casas em ruínas em casas confortáveis para turismo de aldeia que, por sua, e devido à recuperação, voltam a ganhar vida, também estão de parabéns.
    Um abraço.

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  3. Patrícia: em relação à existência de uma judiaria desconheço se terá havido alguma. Em Medelim, aldeia próxima, sim, há uma R. da Judiaria e terá existido o espaço de uma sinagoga, até aos anos 70 do século passado.
    Quanto à hipótese dos habitantes terem segundas habitações no litoral, mesmo sem ter nenhum estudo para o provar, não me parece que assim seja. O mais provável é que sejam as casas da aldeia as segundas habitações de quem, tendo nascido ali, vive na cidade.

    Maria Josefa: a recuperação destas aldeias e a existência de recursos turísticos é importante. Mas só isso, mesmo que os benefícios económicos sejam visíveis, não traz novamente a vida a estes locais. É necessário muito mais para que as famílias optem por residir no interior onde, apesar dos melhores acessos, faltam ainda muitos recursos.

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  4. Estive por lá recentemente, em Abril passado. Ainda há muito a fazer. Era importante que o grande edifício da terra, que continua ao abandono, fosse convertido em pousada ou algo do género, ou mesmo num espaço museológico. Tem espaço para ter jardim com piscina, que deveria ser de acesso gratuito para os locais. Assim se arranjariam postos de trabalho, e um pouco de animação também faz falta. Que pena já não haver cinema itinerante a circular por estas terras mortas ... Já agora, há que requalificar o café existente no largo central, recuperar as casas que estão, ainda, habitadas, com critérios de qualidade, a bem das pessoas e do património. As outras devolutas deveriam ser recuperadas para habitação permanente, com preços baixos. Há que recuperar habitantes.

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  5. António: isso é que é saber a lição toda! Já vi que foi tudo observado ao pormenor! Não sei se o programa das aldeias históricas ainda está em vigor e se sobraram verbas. Mas, nestas coisas, já sabemos que elas nunca chegam para o tanto que há a fazer.

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  6. mas %-) se não se vê qq sinal de abandono, se quase n tem habitantes e se as casas da aldeia(?) são 2.as habitações de quem nasceu ali, mas vive na cidade, afinal quem é q anda a cuidar dos espaços arranjadinhos retratados? a) trabalhadores, sem ligação à terra, q chegam a pé, de autocarro, ou em viatura própria? b)todos, porq raros, os habitantes de Idanha (I-dôdôs?)q se escondem para n ficarem nas fotos ? serão aqueles q lá vão ao fds - foste tu ?!? ou serão aqueles q qdo vão lá trabalhar, preferem ir dormir à cidade e só ao fds é q preferem dormir lá?

    Eu não sei.. mas ALGUÉM devia fzr um estudo sobre isto, porq aqui deve estar a resposta para mtos dos problemas deste país !

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  7. Tenho a certeza que existem estudos sobre estas questões em geral e mesmo sobre esta situação em particular. Eu desconheço-os mas sei que a identificação dos problemas é só o primeiro passo para qualquer mudança.
    É verdade que, à hora que tirei estas fotografias, estava muito calor e as pessoas estavam, com certeza, em casa. Mas, do que li, em 2006, o n.º de habitantes era de 78 e, em conversa com a técnica que estava no forno comunitário (aberto só para turista ver), actualmente são cerca de 50. Ela própria é técnica de turismo da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e só ali vai em trabalho.

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