Numa altura em que o projecto da nova igreja do Restelo, que tanta polémica tem causado, é apresentado como remetendo para um sentido ecuménico (é pelo menos esta uma das justificações para o minarete, por exemplo) foi colocado em Algés um painel onde sobressai a imagem da nova igreja, a ser construída no local, e que, sendo embora do mesmo arquitecto, é um edifício com uma imagem bem diferente. Segundo Troufa Real, para este trabalho, a sua inspiração surgiu-lhe pela via da “arquitectura do fantástico”.
Ora se já existia o termo “macro-ecumenismo”, em que a busca da unidade se refere à própria humanidade, parece-me que terão que inventar um termo ainda mais abrangente pois, certamente, caso sejamos visitados por civilizações de outro planeta, em que a religião esteja presente, será à Igreja de Algés que se irão dirigir.
Quando as missas forem celebradas neste espaço, não sei qual será o grau, mas os encontros imediatos estão garantidos.
Esta imagem eu ainda não tinha visto. Como é possível?
ResponderEliminarO seu texto, como vem sendo hábito, é excelente.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Mal empregado para igreja.
ResponderEliminarAliás, será um alvo a atingir pelos ET's, pois provavelmente julgarão tratar-se duma nave espacial inimiga ou outro engenho bélico qualquer...
Maria Josefa: obrigada mas se não fossem estas inspirações, que surgem a cada esquina, não seria possível fazer estes textos. Quanto à igreja em si acho que, mesmo assim, temos muita sorte. Já viu se o estilo adoptado pelo arquitecto fosse o mesmo da do Restelo?
ResponderEliminarcão sem raiva: provavelmente o "estilo space shuttle" terá a ver com a vontade de chegar, mais depressa, ao além.
ResponderEliminarAcha mesmo que extraterrestres poderão querer atingir o edifício? É que eu moro não muito longe. :)
Este senhor devia dedicar-se a centros comerciais...
ResponderEliminarObrigado pelas palavras no 2711.
manuel: questão complexa esta mas este senhor, tal como outros arquitectos de nome reconhecido na nossa praça, deviam dedicar-se a perceber que, embora a arquitectura possa ser considerada uma arte e por isso cada artista possa imprimir o seu cunho pessoal na obra que faz, pela dimensão do próprio objecto que projectam, não podem esquecer nem a sua inserção na envolvente, nem o uso, nem os futuros utilizadores do espaço. E parece que, por vezes, é isso que acontece.
ResponderEliminarEm relação ao 2711 as palavras foram sentidas por isso obrigada eu.