Em 12 de Junho de 1985 Portugal assinou o tratado que lhe permitiu entrar na então Comunidade Económica Europeia. Faço parte de uma geração que passou já toda a vida adulta com um pé mergulhado em iniciativas enquadradas nos vários quadros comunitários de apoio, primeiro como formanda, depois já no âmbito das minhas actividades profissionais. Sei que Portugal beneficiou muito com esta adesão. Só é pena que nós não tenhamos aproveitado as oportunidades para transformar esses apoios em verdadeiro desenvolvimento.
Mas a verdade é que mesmo no meio de uma crise continuamos a querer estar unidos nesta União cada vez maior mas cada vez mais desunida.
Apesar da CEE já ter ficado lá para trás, relembro aqui os GNR, ainda com a voz de Alexandre Soares e antes de fazerem concertos com a GNR (tantas vezes que eu ouvi este 45 rotações).
Também eu ouvi esta música mil e uma... vezes :)
ResponderEliminarRecordo-me, igualmente, da adesão e das transformações que se deram a partir daí. Hoje mesmo, foi esse o tema das minhas aulas. Para que a Europa tenha um verdadeiro futuro, é preciso que todos entendam o que é ser-se europeu. Um trabalho difícil, mas indispensável.
Um abraço :)
Ser europeu é um problema de identidade e esta é dinâmica. Ser europeu é uma permanente construção identitária. Daí que o verbo ser, tão associado a essências, possa ser algo perigoso. De certa forma prefiro sentir-me europeu do que ser europeu.
ResponderEliminarAna Paula: é importante, sim, que quem sempre viveu num país integrado nesta comunidade tenha a noção das alterações que foram acontecendo. O que é ser europeu é que, por enquanto, deve ser difícil de explicar.
ResponderEliminarUm abraço também para si.
A.C.Valera: tem toda a razão. Mas ser qualquer coisa é sempre "uma permanente construção identitária". E a realidade é que, para muitos, esse sentir-se europeu não é algo genuíno, que já faz parte de si. É por isso que deverá existir algum conjunto de atributos que possam ser associados ao tal "ser europeu" para que se possa perceber em que é que ele é diferente e vai para lá da mera questão geográfica.
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