sábado, 30 de janeiro de 2016

Entre árvores e arranha-céus

Depois de algumas semanas sem ir ao cinema, no fim de semana passado fui ver dois filmes.
Primeiro The Revenant, realizado por Alejandro González Iñárritu, com argumento baseado num romance inspirado na vida de Hugh Glass. 
Confesso que o filme me cansou. As paisagens são esmagadoras na sua beleza, é verdade. Mas com a utilização da tecnologia actualmente disponível não chegamos a perceber bem o que é imagem real e o que não é. A realidade daquela história contribui para reforçarmos a ideia de que tudo é unido pela violência da natureza. Ela está presente no clima, no relevo, no comportamento dos animais da floresta, no comportamento dos humanos. Os sentimentos mais básicos, a sobrevivência que é preciso assegurar estão bem retratados mas não trazem nada de novo quando comparados com filmes mais antigos.
Gostei da interpretação de Leonardo DiCaprio mas Tom Hardy (que há alguns meses vi em Legend, no qual interpretava os gémeos Kray), como John Fitzgerald, é verdadeiramente excelente.


No dia seguinte, A queda de Wall Street.
Apesar do recurso a um artifício (a utilização de figuras públicas que nos explicam o funcionamento dos meandros daquele mundo "como se nós tivéssemos cinco anos") não é fácil perceber tudo aquilo que o filme retrata. É uma linguagem complexa para quem a ela não está habituado e o filme vai avançando a um ritmo vertiginoso o que nos obriga a algum esforço de concentração. 
Gostei mais deste filme. Retrata uma realidade aparentemente distante mas que é capaz de nos afectar em quase todos os aspectos da nossa vida. 



Ambos os filmes se baseiam em situações verídicas e, no fundo, a ideia da sobrevivência e da violência estão presentes nos dois. A paisagem, essa, é um pouco diferente.

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