terça-feira, 10 de agosto de 2010

The poet in the bubble



O poeta que quase morreu afogado está novamente rodeado por um oceano. Desta vez envolve-o um aquário gigante de plástico com um interior cheio não de água mas de ar (condicionado). Chamaram-lhe Aquário da Palavra, "um espaço de leitura e tertúlia, de homenagem à lusofonia… no âmbito do Festival dos Oceanos". Lamento a sorte do poeta e a minha que, em vez de uma praça agradável, tenho um mamarracho a invadir a paisagem e música debitada através de umas colunas que, quer se queira quer não, distribuem o som até longe (espero que dentro do tal aquário não se ouça).

Mais uma vez parece-me que esta animação imposta no âmbito de eventos vários é muito, muito discutível. Durante o Verão, então, a poluição sonora e visual durante dias e dias na cidade confunde-me. A poesia portuguesa talvez me fizesse entrar num aquário. Mas neste ainda não tive qualquer vontade de o fazer.

4 comentários:

  1. Para já, para já, parabéns pelo blogue. É uma primeiríssima impressão, é certo... Mas agrada-me!
    Vou continuar a passar (e se quiser passar pelo meu é... http://flordocardo.blogs.sapo.pt
    a) flordocardo

    ResponderEliminar
  2. Eu também acho que o "balão" não se enquadra no ambiente da praça. Ainda por cima, nesta fotografia, com o bonito edifício de "fim-de-século" a servir de fundo! Espero que o Aquário da Palavra seja temporário...
    De plástico!!! De plástico?!

    ResponderEliminar
  3. Obrigada... autor do "flordocardo", mesmo sendo uma "primeiríssima impressão". Continue a passar, claro. Já espreitei o seu blogue e também gostei do que vi por lá.

    ResponderEliminar
  4. Esta estrutura só estará até ao próximo sábado, Kássia. E tem razão. Ela esconde demasiadas coisas.

    ResponderEliminar