A sua pele escura, onde sobressaíam as veias, desenhadas num relevo irregular, era de uma cor muito bela. Sentado à minha frente, eu não conseguia deixar de reparar na roupa impecavelmente engomada, nos sapatos bem engraxados, no relógio dourado, na forma como as suas mãos seguravam o boné … E no rosto: o ar de sabedoria de quem, do muito que aprendeu na sua vida já tão longa, soube reter o que era mais importante… Subitamente apeteceu-me interrompê-lo e saber o que guardava ele de tão fundamental… que lhe dava aquela aparência de harmonia, que fazia com que transmitisse essa harmonia ao seu redor. Não o fiz, no entanto. Limitei-me a olhá-lo.
Dizem que a contemplação é um dos caminhos para se atingir a sabedoria.
ResponderEliminarEu? Já ultrapassei essa fase.
Qual, a da contemplação ou a da sabedoria? :)
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