A distribuição da correspondência postal, que continua a fazer-se apesar dos meios electrónicos, está agora a cargo de uma nova geração de carteiros que com os seus coletes cinza (e rabo de cavalo – pelo menos em Lisboa parece ser uma condição -) vão puxando o saco com rodas de porta em porta. Nem todos serão assim, claro, mas estes de que falo não são como o de Pablo Neruda, que precisava da ajuda do poeta para aprender a fazer versos. Bem, versos não sei. Mas, num dos dias da semana passada, dois carteiros conversavam enquanto o autocarro os levava até à estação base. O tema era um filme. Não percebi qual era. Mas seria do final dos anos 70 do século passado e seria um remake de um outro dos anos 20. A forma como se referiam ao argumento, à duração, aos efeitos especiais, e outras questões mais técnicas, dava a perceber que conheciam bem a linguagem e a temática.
Filmes com carteiros como principais personagens há alguns. Agora já podem ser analisados por quem sabe, verdadeiramente, do que está a falar.
A nostalgia de um mundo urbano e democratizado...
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