Não, não fui eu que me lembrei que passavam, agora, 100 anos sobre a morte de Mark Twain. A verdade é que ao ler este post lembrei-me do que eu gostava de ler este autor há tantos anos atrás.
Em jeito de homenagem deixo aqui a primeira entrada do diário de Adão, "traduzido do manuscrito original" por este autor.
Segunda-feira
Este novo ser de cabelo longo é um valente empecilho. Anda sempre à minha volta e segue-me para todo o lado. Não gosto disto; não estou habituado a ter companhia. Preferia que ficasse com os outros animais. [...] Está enevoado hoje, vento de Este; acho que nós ainda vamos ter chuva. [...] NÓS? Onde apanhei esta palavra? - o novo ser usa-a amiúde.
in Mark Twain, Excertos dos diários de Adão e Eva, Lisboa, Cavalo de Ferro, 2004, p. 9
Belíssimas palavras!
ResponderEliminarContinue sempre a brilhar assim!
Ena, que bom ter gostado do post, de lhe ter avivado memórias (tal como as minhas, decerto muito felizes). A nostalgia de uma infância imaginada, com os bolsos cheios de dentes de rato, contas de vidro, fisgas e caricas. E não, não li o "Diário de Adão". Fiquei curioso.
ResponderEliminar... e que termina dizendo que onde o novo ser estivesse estava o Éden (essa coisa que é como as bruxas, em que não acreditamos, pero...).
ResponderEliminarObrigada, Pilar de energia, por passar por aqui.
ResponderEliminarGostei muito, sim. As pequenas aventuras que encheram a nossa infância, mesmo se nos bolsos não tínhamos dentes de rato ou contas de vidro, são fundamentais para o que somos quando crescemos.
ResponderEliminarAh... e não é só o diário de Adão... Mark Twain também "traduziu" o diário de Eva. :) Vale a pena ler os dois.
É assim, António. Depois de conhecê-la, Adão percebe que, afinal, Eva não é assim um empecilho tão grande... :)
ResponderEliminarCreio que o Adão percebe um bocadinho mais que isso :).
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