sábado, 17 de abril de 2010

Being a pet

A notícia já tem algum tempo. Mas só agora a li. A perplexidade que me assaltou é grande. Não discuto a atitude do condutor do autocarro que impediu a entrada do casal e cuja justificação, apesar de fazer algum sentido, me parece que não deixa de ser discriminatória.

Mas, o que realmente me impressiona é a postura destes dois jovens. A liberdade individual é muito importante. E se alguém, como a Tasha, quer utilizá-la para ser um animal de estimação estará certamente no seu direito. Mas, mesmo que seja só para dar nas vistas, e não sabendo se são caso único, ou não, não posso deixar de pensar no que levará uma mulher a gostar de "ser levada à rua" agarrada por uma trela. Será que o facto de não cozinhar e não fazer limpezas e eventualmente ser presenteada com umas festas de vez em quando compensa a submissão a um dono? E esse dono, será que se sente bem sabendo da dependência de alguém que, sendo uma pessoa, com os mesmos direitos e deveres que ele próprio tem, se anula ao ponto de não ir a lado nenhum sem ele?

4 comentários:

  1. Acredita na reencarnação?
    Essa menina - Tasha - deve ter sido uma cadela noutros tempos...
    E o menino não sei como classificá-lo, talvez «inútil» lhe fique bem.

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  2. Bem, eu não irei tão longe. Prefiro acreditar que, mais tarde ou mais cedo, ambos irão perceber que viver sem a trela é muito melhor... :)

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  3. Para mim as fantasias fetichistas são para viver em ambiente próprio, seja ele privado ou público (existem lugares para o fazer). Acho que está ao nível da burka. E eu sou contra ela.

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  4. Não estará ao nível da burka que, em muitos países, é uma imposição com força de lei. O que mais impressão me causou foi que aquilo que poderá ser uma fantasia, usada para provocar algum choque, me parece ser um verdadeiro modo de vida, incorporado na prática quotidiana.

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