quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dormir na cidade

Passava já das 9.30. Levantava-se tarde. Os eléctricos chegavam e partiam, os autocarros chiavam ao travar, os empregados dos cafés montavam as esplanadas, os turistas disparavam as suas máquinas fotográficas. Indiferente ao barulho à sua volta, continuava a dormir profundamente. A sua mão pendia para fora do pequeno murete que delimitava a cama. Esta era feita de grades, aquecidas pelo ar que saía pelos respiradouros do metro. O cartão já só tapava parte do seu corpo meio encolhido.

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