Vejo-o todos os dias na praça, frente ao local onde trabalho. Deve ter uns 10 anos. O sapato alto e pesado que usa para compensar, certamente, uma diferença de tamanho nas pernas, não facilita. As duas muletas que o ajudam a caminhar também não. Impressiona-me a persistência com que chuta a bola contra o muro, com que a persegue quando ela lhe foge, a fúria com que remata contra a inexistente baliza. Não sei se quando lhe perguntam o que quer ser quando for grande responderá jogador de futebol. Mas certamente que o pensa. E, no meu mundo imaginário, daqui a uns anos, este miúdo será certamente bota de ouro.
grande momento.
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