Não foi o som da guitarra que me chamou a atenção. Nem o facto de assim tocar, sem público, naquele túnel onde ninguém àquela hora passava. Foi o seu sorriso. Sorria de prazer ao tocar. Sorria para os seus dedos que faziam soar as cordas. O som era ampliado por todo o espaço mas era dentro de si que ele o sentia. Era para si que tocava, indiferente ao que o rodeava.
O sorriso prolongou-se quando me viu a sorrir também. As moedas que lhe dei premiaram esse sorriso que, de tão genuíno, me recordou que, mesmo sozinhos, onde ninguém nos vê, vale a pena sorrir.
A música é antes do mais, um prazer!
ResponderEliminarPorque este é certamente um músico que aproveita para ganhar uns cêntimos e não um pedinte que finge que toca. :)
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