terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Na esplanada
O nome escrito num autocolante na cadeira de rodas lembra-nos que vem de um lar ou centro de dia, onde durante as 24 horas só a posição de estacionamento das cadeiras muda: frente a uma mesa durante o dia, lado a lado durante a noite.
Mas agora está cá fora. Na esplanada, onde o sol, na tarde fria, aquece as cadeiras de metal. Não que a ela faça diferença. Há muito que aquela é a única cadeira onde se senta.
O homem que está consigo, filho ou neto, num gesto que se adivinha de um imenso amor, segura numa mão uma chávena de café onde, instável, se encontra uma palhinha enquanto com a outra lhe segura a cabeça que teima em pender para o lado direito. Num tom que para nós é demasiado alto mas que se vê obrigado a usar, se quer ser ouvido, incentiva-a a sorver o café o que demora algum tempo a acontecer.
Bebido o café num esforço partilhado, o dedo mais pequeno da frágil mão daquela mulher ergue-se e toca a mão do homem, numa expressão de agradecimento sincero. Ele aperta-lhe o dedo enquanto lhe limpa a boca.
Quando se vão embora da esplanada e a cadeira se vira vejo a cara da mulher pela primeira vez. É linda e o seu sorriso não engana: está feliz.
domingo, 28 de novembro de 2010
"Final de Rascunho"
No centro do palco uma mesa. Nela os "finais de rascunhos" em cábulas que vão sendo usadas porque as canções ainda são novas. Mesmo as mais antigas são apresentadas com arranjos mais recentes. Grandes músicos os que acompanharam, sexta-feira à noite, Sérgio Godinho na Culturgest. Nuno Rafael, um dos "Assessores", por exemplo, é fantástico. Os convidados foram Bernardo Sassetti (os seus solos de piano e o acompanhamento em algumas canções resultaram muito, muito bem) e António Serginho, com a sua marimba. Esta capacidade de trabalhar com novos músicos tem sido uma constante no trabalho de Sérgio Godinho e nós só temos a ganhar. Eu teria dispensado a leitura de poemas. Mas foi um bom concerto, que se repetiu esta noite e se repetirá amanhã. Fica aqui a versão ao vivo, em 2008, da última canção do encore.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
39
é o número de mulheres assassinadas este ano, num contexto de violência doméstica. Mais 37 tentativas de homicídio. Maus tratos físicos e psíquicos, ameaças, coacção, difamação e injúrias, violação e outros crimes sexuais, subtracção de menores, violação da obrigação de alimentos são outros dos crimes cometidos na família. Dia 25 de Novembro foi o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Dia de nos lembrarmos e nos envergonharmos com estes números. E de nos envergonharmos por não nos lembrarmos nos outros dias .
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O dia seguinte e os outros
E pronto, o dia de greve já passou. Nas televisões e rádios ouvi comentários de várias pessoas que aderiram, manifestando alguma esperança nos efeitos que esta acção provocaria em quem decide. Mas isso foi ontem. Hoje estamos todos novamente submersos e com dificuldade em respirar.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Na pastelaria
Estava só. Vestia de cinzento. Do ponto de onde eu a via apenas sobressaía o seu cabelo, completamente branco, preso, num penteado muito contido. Toda a sua figura respirava sobriedade. À sua frente, um prato. Nele, um bolo, grande, cheio de chantilly e fios de ovos que comia com enorme satisfação, sem esconder o prazer que lhe causava.
Mas afinal quem é esse Tchaikovski?
Um cartaz afixado no interior do comboio chamou-me a atenção. Tratava-se de uma peça de teatro dirigida a crianças: "O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos". Na ficha técnica e artística destacavam-se os autores da música: Quim Tó e Tchaikovski.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Uma visão da NATO aos 10 anos
É certo que os pressupostos que estiveram na base da criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte já ficaram lá para trás no tempo. A ameaça do bloco do leste europeu deixou de existir. Mas a política de segurança da Europa e da América do Norte continua a estar enquadrada por esta organização. E mesmo sabendo que muitos erros foram cometidos em nome dessa segurança eu não consigo ter uma opinião definitiva e considerar a NATO como exclusivamente causadora de situações de conflitos, sem qualquer contribuição para a paz.
O mesmo, pelos vistos, não pensa a minha filha M. que, este sábado, sem que eu desse conta, esteve a fazer este cartaz que resolveu pendurar da varanda do quarto de onde foi salvo por mim, prestes a ser destruído pela chuva.
Esperar vai valer a pena
Os "irmãos Dupont" explicam como começa a aventura:
domingo, 21 de novembro de 2010
Puzzles XXL
Há quem goste de fazer puzzles com peças muito pequenas. Joe Berardo prefere fazê-los com peças um pouco maiores.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Votar será assim um prazer tão grande?
Na Catalunha há quem queira chamar as pessoas às mesas de voto, de formas muito estimulantes:
Num estudo publicado não há muitos anos concluía-se que 32% das mulheres portuguesas têm dificuldade em atingir o orgasmo. Por outro lado, as taxas de abstenção nas eleições dos últimos anos não são nada animadoras...Mas cá para mim, que nunca falhei uma eleição, a senhora do vídeo está a fingir...
Será que ela tem razão?
"Sabes, mãe, isto que estás a viver, a tua vida, é um sonho. A realidade é muito pior. Por isso aproveita..."
M., 10 anos
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Do PIB para a FIB
O Produto Interno Bruto é eficiente para medir a quantidade de riqueza que um país consegue gerar com as suas actividades produtivas – comércio, indústria e serviços, mas não mede, por exemplo, a degradação do meio-ambiente, o desaparecimento dos recursos naturais ou o declínio na qualidade de vida de todos os humanos. É assim, uma medida unidimensional que não tem em conta todos os outros aspectos que fazem do homem um ser multidimensional. Porque não, então, pensar num novo conceito que considere essas variáveis e o bem-estar psicológico, a manutenção do equilíbrio. Foi o que fez, em 1972, o rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, tendo-o definido como a Felicidade Interna Bruta. (Ver o vídeo sobre este tema que, em Setembro, foi publicado no Sustentabilidade é Acção).
Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento têm como objectivo primordial o crescimento económico, o conceito de FIB baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos, complementando-se e reforçando-se mutuamente. Os quatro pilares da FIB são, assim, a promoção de um desenvolvimento sócio-económico sustentável e igualitário, a preservação e a promoção dos valores culturais, a conservação do meio-ambiente natural e uma boa gestão dos recursos dos países através de acções eficientes e eficazes dos governos.
Hoje em dia, depois de estudado por especialistas do Canadá, dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia, este conceito inclui também questões ligadas à educação de qualidade, à saúde, à protecção ambiental, ao acesso à cultura, entre outros. Pretende-se assim agregar aos elementos disponíveis para os decisores políticos, até agora da ordem do económico, ligados sobretudo ao consumo; os valores éticos e culturais que remetem não só para os critérios dos Índices de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, mas também para a sistemática análise de factores ambientais, culturais e ecológicos, ligados ao bem-estar.
Vem esta questão a propósito da intenção, anunciada pelo instituto que produz as estatísticas na Inglaterra, de seguir o exemplo do governo francês e começar a analisar estes índices. (Ouvir aqui). Não deixa de ser interessante observar um país que tanto contribuiu para o desenvolvimento de novos meios de produção, tendo sido pioneiro na Revolução Industrial, aceitar que a definição das políticas públicas deve passar também por estes índices.
E claro que a maior importância dada a conceitos como o FIB terá certamente a ver com a tomada de consciência de que a busca incessante de mais riqueza de forma mais rápida tem conduzido a um modelo de desenvolvimento económico cujos efeitos colaterais negativos estão à vista de todos.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Vide Gal e o Google Earth
Depois de uma visita virtual ao Rio de Janeiro feita hoje, via Google Earth, surgiu a questão: como é que uma economia que é a décima maior economia segundo o Banco Mundial e a segunda maior do continente americano, atrás apenas dos Estados Unidos, e que, de acordo com os especialistas, continuará a crescer nos próximos anos; lidará com a questão da habitação que, no caso daquela cidade, se traduz em extensões enormes de favelas e condições de vida extremamente precárias?
Mesmo assim, o Rio continuará a inspirar canções como esta:
Razão da escrita
"Sempre escrevi por não ter mais nada que fazer ou a quem amar sem o risco permanente de decepção. Ou talvez a escrita tenha sido sempre a causa e não o efeito. Prefiro esta segunda hipótese."
in Maria Gabriela Llansol, Uma data em cada mão: livro de horas I, Assírio & Alvim, Lisboa, p. 44
sábado, 13 de novembro de 2010
À beira de um lago que enfeitiça
Em 1896, quando estreou em São Petersburgo, foi um fiasco. No ano anterior, Tchékhov dizia numa carta a um amigo: "Estou a escrever uma peça. (...) Escrevo-a com bastante agrado, embora pecando horrivelmente contra as regras de cena. É uma comédia com três papéis femininos, seis masculinos, quatro actos, uma paisagem (vista para um lago); muita conversa sobre literatura, pouca acção, cinco arrobas de amor" *. Mas, n'"A Gaivota" o amor não é linear. Ele serpenteia pelas personagens e dificilmente os desencontros são ultrapassados.
Na encenação de Nuno Cardoso, que vi há algumas semanas, não só o texto, mas o próprio cenário, nos transmitem essa ideia de movimento contínuo. As árvores da floresta obrigam a constantes desvios e o lago reflecte, duplica a imagem de todos os que dele se aproximam, lembrando-nos que nem sempre a realidade é clara.
"TRIGÓRIN: Este sítio é muito bom! (Ao ver a gaivota) O que é isto?
NINA: É uma gaivota. Konstantin Gavrílovitch matou-a.
TRIGÓRIN: É uma bonita ave. Na verdade não me apetece ir embora. Veja se convence Irina Nikoláevna a ficar. (Escreve no caderno.)
NINA: O que está a escrever?
TRIGÓRIN: Estou só a tomar uma nota... Surgiu-me um tema... (Escondendo o caderno) Um tema para um pequeno conto: na margem do lago vive desde criança uma jovem, assim como você; gosta do lago como uma gaivota, e é feliz, e livre como uma gaivota. Mas por acaso apareceu um homem, viu-a e por não ter nada que fazer, destruiu-lhe a vida. Como a desta gaivota. (Pausa.)" *
Foto aqui
* Retirado da brochura do programa
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Sorrisos
Os cartazes na montra de vidro transparente mostravam vários sorrisos onde se adivinhavam os dentes perfeitos. No interior da clínica dentária alguns clientes esperavam, enquanto folheavam revistas que continham fotografias de gente, também ela sorridente, exibindo dentes muito brancos. Cá fora um homem sentado no chão tem à sua frente uma pequena caixa de cartão. No interior duas moedas e uma pedra. Ao lado um pequeno cartaz diz apenas: "Tenho Fome". Não o vi sorrir. Os seus dentes também não apareciam no rosto fechado.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Uma das razões/poemas porque gosto de José Tolentino Mendonça
Murmúrios do mar
«Paga-me um café e conto-te
a minha vida»
o Inverno avançava
nessa tarde em que te ouvi
assaltado por dores
o céu quebrava-se aos disparos
de uma criança muito assustada
que corria
o vento batia-lhe no rosto com violência
a infância inteira
disso me lembro
outra noite cortaste o sono da casa
com frio e medo
apagavas cigarros nas palmas das mãos
e os que te viam choravam
mas tu não, tu nunca choraste
por amores que se perdem
os naufrágios são belos
sentimo-nos tão vivos entre as ilhas, acreditas?
e temos saudades desse mar
que derruba primeiro no nosso corpo
tudo o que seremos depois
«Pago-te um café se me contares
o teu amor»
in José Tolentino Mendonça, Baldios, Assírio & Alvim, Lisboa, 1999, p. 44
«Paga-me um café e conto-te
a minha vida»
o Inverno avançava
nessa tarde em que te ouvi
assaltado por dores
o céu quebrava-se aos disparos
de uma criança muito assustada
que corria
o vento batia-lhe no rosto com violência
a infância inteira
disso me lembro
outra noite cortaste o sono da casa
com frio e medo
apagavas cigarros nas palmas das mãos
e os que te viam choravam
mas tu não, tu nunca choraste
por amores que se perdem
os naufrágios são belos
sentimo-nos tão vivos entre as ilhas, acreditas?
e temos saudades desse mar
que derruba primeiro no nosso corpo
tudo o que seremos depois
«Pago-te um café se me contares
o teu amor»
in José Tolentino Mendonça, Baldios, Assírio & Alvim, Lisboa, 1999, p. 44
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
"Intoxicated Man"
Não é por acaso que quando procuramos "Serge Gainsbourg" no Google nos aparece logo um vídeo de um programa de televisão francês, tipo talk show, de 1986, em que ele, provavelmente depois de ter ingerido algum álcool a mais, ao ser apresentado a Whitney Houston, a todos deixa perplexos com as suas boutades. Lembrado sempre pelos seus excessos, neste filme de Joann Sfar podemos acompanhá-lo desde a sua infância até ao final da sua vida. Mas, como diz o realizador, não se trata de um documentário mas um conto no qual não falta sequer uma personagem de ficção, um alter ego, que nos ajuda a compreender melhor o protagonista. Para quem gosta de Gainsbourg e para quem não o conhece este é um filme a ver. De referir ainda a bela Laetitia Casta, que vai tão bem como Brigitte Bardot.
domingo, 7 de novembro de 2010
Património. Mais de 100 anos.
Actualmente quando pensamos em património pensamos em tudo, ou quase tudo. Todas as realizações do ser humano, sejam elas materiais ou imateriais, são passíveis de serem entendidas como património. De facto, desde que socialmente seja relevante, qualquer peça de uma qualquer engrenagem, qualquer canção que se cante na hora de deitar, qualquer par de sapatos, podem entrar na mesma designação que utilizamos para falar de um monumento que chegou até nós, dando-nos a conhecer determinadas técnicas de construção ou perspectivas arquitectónicas. É, entre outras coisas, por isto que a gestão do património, sobretudo aquele que se refere a um tempo passado, é um assunto tão delicado e que envolve, necessariamente, verbas significativas. O armazenamento das obras, a sua conservação são preocupações quer de particulares, quer do Estado. Este, pela natureza do património que tem à sua guarda, nomeadamente o construído, não tem uma tarefa nada fácil. E a forma como a gestão é levada a cabo varia de época para época, de orientação política, para orientação política. No que toca, por exemplo, à conservação de edifícios os orçamentos disponíveis são sempre fundamentais. Mas as opções tomadas têm sobretudo a ver com diferentes perspectivas de intervenção que nunca deixam de ter forte impacto na forma como esses edifícios nos aparecem. A opção por uns em detrimento de outros, a intervenção mais minimalista ou mais intrusiva, a escolha dos arquitectos, nunca são indiferentes para o resultado final.
Tudo isto vem a propósito da exposição "100 anos de património, memória e identidade" que visitei há umas semanas no Palácio Nacional da Ajuda. Nela podemos dar-nos conta da forma como o poder público lidou com estas questões desde as primeiras preocupações no séc. XIX, passando pelas visões da 1.ª República, pela febre de restaurar, restaurar do Estado Novo, pelas novas perspectivas introduzidas pela "Carta de Veneza" até à forma como actualmente é entendido o património. E a verdade é que também a forma como o poder político olha o património de todos nós diz bastante sobre as suas formas globais de olhar o mundo. É isso que os documentos, nomeadamente as fotografias presentes na exposição, nos permitem perceber. O interesse da exposição ultrapassa, por isso, o conhecimento da evolução das perspectivas de intervenção ao longo dos últimos 100 anos. É que se o património a que atribuímos significado e a forma como o vivemos está ligado ao que nós somos esta exposição é um espelho onde nos podemos observar e sobretudo pensar naquilo que esse património significa hoje e no papel de todos nós na sua salvaguarda.
Ao Pedro, ao Miguel e à Benjamina
Obrigada!
- ao primeiro por sugerir a leitura da minha leitura d'o Beijo, de Klimt, no Delito de Opinião.
- ao segundo, do Vermelho Cor de Alface, e à terceira do Armazém de Pedacinhos, pelo Prémio Dardos, cujo selo aqui reproduzo, mas que, dada a minha dificuldade em seguir a cadeia neste momento, não atribuirei, pelo menos por enquanto, a outros blogues que o merecem certamente.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Melodias de sempre
O som era o de uma "melodia de sempre", daquelas que tanto se podem ouvir numa gravação enquanto esperamos que nos atendam o telefone numa empresa; ou num elevador num edifício onde não se acredita que alguém aguente o silêncio dentro de uma caixa fechada, com pessoas que podemos não conhecer.
O homem, já velho, sentado no banco em frente, permanece imóvel, como que enfeitiçado. A música parece ser-lhe indiferente. Ele olha aquelas teclas que, obedecendo a uma ordem pré-formatada, dão ao piano a ilusão de não precisar de pianista.
O seu ar não é de surpresa. É apenas de resignação, como se ele fosse aquele piano, tocado por umas mãos invisíveis que o obrigam a estar ali sentado a olhar o movimento das teclas que, de outra forma, não conseguiria acompanhar.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
"Trick or treat"
Dispenso:
crianças mascaradas que estão convencidas que isto de pedir doces nesta data é coisa do "Halloween", moda recentemente importada dos Estados Unidos, via séries e filmes que passam na TV. Este ano tinha decidido: só darei alguma coisa a quem disser "Pão por Deus" ou "Bolinhos, bolinhos em louvor de todos os santinhos!". Não ouvi, no entanto, nenhuma das versões. Esta tradição, pelo menos nas áreas urbanas, está a desaparecer de ano para ano.
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