sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Acto de contrição

Depois do post anterior, confesso que fiquei um pouco arrependida de ter brincado com esta questão. Não porque ache que no humor há assuntos tabus mas porque nesta, como noutras questões, todos falamos muito do que não sabemos. De facto sabemos tão pouco sobre o caso que é até constrangedor ouvir tanto comentador a dar a sua opinião. E se há os que se limitam a referir teorias aplicadas a cenários variados, há aqueles que enviam recados aos que têm o poder para fazer avançar o caso. Esperemos que estes façam o seu trabalho sem serem influenciados. Às vezes penso que deveriam fazer como os jurados em julgamentos. Fechavam-se numa sala, alheios às opiniões de outros e decidiam o melhor que podem. Todos nós, cidadãos portugueses, merecemos que tudo se faça de acordo com a lei. E a lei não prevê consultas a "opinadores" profissionais. Acho que mais vale, de facto, a abordagem dos humoristas que, essa sim, apela a sentimentos, quer os mais básicos, quer os mais elaborados, permitindo sempre um avanço. E nós precisamos mesmo de avançar.

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