Ainda continuo a pensar como aqui escrevi. Também sei que, em termos económicos, esta faceta de Lisboa como porto de passagem dos navios de cruzeiro é de grande importância para a APL, para muitos comerciantes, etc. A presença constante de um grande número de turistas em Lisboa, vindos em cruzeiros ou não, tem sido uma realidade que, em certos locais, altera até a forma como olhamos para a cidade. Lisboa é uma cidade cosmopolita e por isso haverá sempre lugar para os que, sendo de fora, a querem visitar.
O grande perigo de tudo isto é começar-se a olhar para Lisboa como sendo uma cidade dirigida para os visitantes e não para os seus residentes e para os que nela têm o seu trabalho. E, de há uns tempos para cá, há algumas questões que me parece que deveriam ser melhor equacionadas. A proliferação de hotéis, hostels e outros é uma delas. A multiplicação dos veículos poluidores de duas, três ou quatro rodas que fazem visitas guiadas e que deixam pelas ruas gases e sons estridentes, é outra. Mas há mais. Os preços praticados em certos estabelecimentos, por exemplo.
Não queria que se esquecesse que Lisboa não é só nossa. Mas também é nossa.
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