Já foi um armazém organizado. Agora aquele conjunto de paredes, que já foram brancas e que estão cheias de inscrições, não passa de um testemunho de um passado em que algumas fábricas ocupavam aquela zona da cidade mas que, fruto de requalificações do território e da crise que as foi atingindo, foram encerrando.
Sem portas nem janelas, adivinham-se correntes de ar, chuva que não encontra resistência sempre que quer entrar, o frio que se instala à vontade.
Contra todas as probabilidades, quem passa na estrada vê, num dos compartimentos esventrados, uma corda que vai de um lado ao outro das paredes ainda de pé. Nela, a roupa a secar balança ao ritmo do vento.
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