sábado, 3 de maio de 2014

Ayrton

Dia 1 foi um dia cheio de reportagens e homenagens feitas a Ayrton Senna. Desde as mais sentidas às mais ridículas (no Algarve, um responsável por um resort de luxo onde o piloto tinha uma casa fez, quando entrevistado, publicidade descarada ao local) muitos relembraram a terrível data. Mas foi uma imagem no facebook que me fez escrever alguma coisa sobre o assunto. Nela se lia: "hoje faz 20 anos que a Fórmula 1 morreu". Claro que isso é um exagero de linguagem. 
No entanto dei por mim a pensar que, de facto, para mim, a morte de Ayrton marcou o fim do encantamento com a Fórmula 1. Durante anos, na época dos grandes prémios, aos domingos, durante ou a seguir ao almoço, era um programa que não perdia. Eu e o meu pai víamos as transmissões em directo, ouvíamos os comentários de Adriano Cerqueira ou de Domingos Piedade, comentávamos as estratégias de cada piloto. O duelo entre Senna e Prost alimentava muitas corridas e a preferência que tínhamos pelo primeiro levava-nos a vibrar intensamente.
Depois da sua morte nada voltou a ser igual. É verdade que a minha vida pessoal sofreu mudanças por volta dessa altura. Mas tenho a certeza que não foi só por isso. Muitas pessoas que conheço têm também a mesma sensação. A Fórmula 1 continua a ser um desporto que desperta muitas paixões. Mas não há dúvida nenhuma que com ele era diferente.

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