sexta-feira, 8 de novembro de 2013

"O gosto" do King

Vou pouco ao cinema, como vou pouco ao teatro ou a outros espectáculos ou, relativizando, acabo por ir menos do que gostaria. Mas, quando consigo, a maior parte das vezes vou ao King. Este cinema faz parte da minha história pessoal (mesmo muito pessoal) e foi ali que vi alguns dos mais belos filmes que recordo (alguns deles comentados neste blogue). Sem grande cultura cinéfila, procuro, no entanto, conhecer obras diferentes com as quais aprenderei sempre coisas que não sei. E naquele lugar posso encontrá-las.
Neste fim de semana, se tudo correr como previsto, irei até lá rever um dos filmes mito da história do cinema, "O Gosto do Saké". Talvez por ser este filme, o número de espectadores possa ser um pouco maior do que é costume. De facto, pelo menos às sessões a que vou, raramente o número total ultrapassa os 10. Compreendo, por isso, que as receitas não sejam grande ajuda face às despesas. 
A situação, comum a tantos outros cinemas, é perfeitamente compreensível de um ponto de vista económico. Mas, qualquer dia, as nossas opções restringir-se-ão ao sofá lá de casa e aos sofás dos cinemas onde os espectadores se comportam como se estivessem em casa. Nessa altura eu irei ainda menos ao cinema. Mais uma vez, as questões económicas, vão matar mais um pouco das nossas vidas.

2 comentários:

  1. As salas de cinema, hoje em dia, desempenham mais a função de dormitórios que para aquilo que foram projectadas! A vida encareceu, há mais onde gastar (se mesmo assim se conseguir fazer opção) e realmente quem aparece para ver um filme é porque realmente gosta de cinema e vê-lo numa casa elaborada para isso mesmo é totalmente diferente que nos encostarmos no sofá da sala. Quando damos por tal, só conseguimos ter visto meio filme e o gato que por vezes lá se encosta nem a primeira metade viu!

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    1. É verdade, Jorge. Também considero muito diferente ver um filme em casa ou ir ao cinema. Mesmo que se tenha um daqueles sistemas todos modernos, parece-me que ir ao cinema ainda é uma experiência insubstituível.

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