sábado, 23 de novembro de 2013

O exemplo da "Casa Pereira"

Atendendo à realidade que conhecemos, e que nem sequer é exclusiva de nenhuma cidade em particular, percebemos que as zonas nobres das cidades sejam alvo de transformações que, no que ao comércio diz respeito, se traduz, muitas vezes, na substituição de lojas tradicionais por outras de cadeias internacionais que, obviamente, têm um poder económico incomensuravelmente maior. 
Em Lisboa, soube agora, as lojas que têm a renda média mais elevada ficam na rua Garrett, rua que, por ficar perto do meu local de trabalho, frequento bastante. É de facto uma rua especial. E talvez continue a sê-lo mesmo estando cheia de lojas de pronto-a-vestir iguais às encontradas nas outras ruas ou nos centros comerciais. 
Eu, no entanto, prefiro que não fechem estabelecimentos como o do número 38. Sinto sempre orgulho quando vejo turistas a saírem contentes com as suas compras ou apenas parados a tirar fotografias à montra; e gosto que nele não entrem só os turistas mas os clientes de há muito ou pouco tempo. 
Compreendo que resistir à pressão dos que querem comprar ou arrendar estes espaços únicos não deve ser fácil. Daí admirar essa capacidade de quem nem quer "ouvir o valor da proposta". Não serão muitas e não sabemos quanto tempo mais vão resistir mas Lisboa é mais rica com pessoas como o Sr. António Lemos.


2 comentários:

  1. São referências singulares. Sempre vou lá, pelos acessórios da máquina de café de balão! :) A luvaria Ulisses, também é uma relíquia.

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    1. A luvaria Ulisses é uma relíquia, sim, Vasco. Sobretudo para quem, como eu, gosta tanto de luvas. E tem um belo site: http://www.luvariaulisses.com/pt/pagina/1/home/

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