"Riqueza e velocidade é tudo o que o mundo admira e a que todos aspiram. Caminhos de ferro, correios rápidos, barcos a vapor e todas as facilidades possíveis da comunicação, é para isso que tende o mundo civilizado, para se ultra-civilizar e assim persistir na mediocridade."
GOETHE, W. (1749-1832) - «Carta a Zelter», cit. in W. Benjamin- Hommes Allemands, Paris, Payot, p.21-22
Actualíssima reflexão... e tinha toda a razão no desfecho previsto...
ResponderEliminarBem actual!...
ResponderEliminarVamos supor que a velocidade e as outras modernices são más e conduzem à mediocridade.
ResponderEliminarMas será vida sem isso menos medíocre? Nas zonas rurais ou nos países mais pobres onde a "ultra-civilização" haverá uma vida menos medíocre? Não me parece. O grande Goethe pelo menos dessa vez enganou-se.
Quando coloquei aqui esta citação pensei em muitas situações em que, por exemplo no investimento dos dinheiros públicos, se considera que o progresso tem a ver com a necessidade de grandes obras para deixar muito pouco para a área cultural.
ResponderEliminarMas claro que o Carlos tem razão: não é a evolução técnica que conduz à mediocridade mas sim o facto de se pensar que não existe mais nada para além dela.