segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O meu nome não é Alexandre

O mundo do cinema de Hollywood está cheio de casos de actores que, por terem nomes estrangeiros, eram aconselhados a mudar de nome. Mas aí até se podia argumentar que seria difícil alcançar o estatuto de estrela com um nome, muitas vezes, difícil de pronunciar. Neste caso, parece que o dono da empresa terá achado que Mohamed não agradaria aos clientes. Nada melhor, portanto, do que "sugerir" o uso de um outro nome, supostamente mais francês. São situações como esta que têm tendência para acontecer cada vez mais num país onde se vai instalando um clima xenófobo que poderá tornar-se dificilmente controlável.

6 comentários:

  1. É realmente incrível, Analima.

    Parece evidente que por lá se entrou num crescendo de mau-gosto e de discriminação.

    Sinceramente, mal posso ignorar a revolta que sinto com situações destas.

    Vão mesmo de mal a pior...

    Os meus votos de um bom início de semana para si.

    ResponderEliminar
  2. Eu sempre achei os franceses, de uma maneira geral, bastante racistas (sem ofensa para aqueles que não o são).

    ResponderEliminar
  3. Ana Paula: obrigada e boa semana para si. Em relação à situação descrita sabemos que é muito difícil controlar determinados ímpetos mais xenófobos que, por vezes, já se encontram latentes à espera de se manifestarem. É aí, quanto a mim, que o Estado tem que demonstrar capacidade de lutar contra essas tendências. Ora quando é o próprio estado a dar maus exemplos o resultado não pode ser bom.

    ResponderEliminar
  4. Kássia: apesar de racismo e xenofobia não serem a mesma coisa e de as generalizações serem sempre questionáveis compreendo o que diz. Parece-me que, de uma maneira geral, os franceses retiveram da sua história aquilo que os tornou grandiosos levando-os a atitudes perante os outros de alguma soberba. Claro que não são os únicos.

    ResponderEliminar