Há já bastante tempo que não ia ao teatro. Agora, ao ver Hedda, uma produção dos Artistas Unidos, relembrei como é bom estarmos ali, numa sala cheia de emoções, encenadas, mas nem por isso menos verdadeiras.
O texto, de José Maria Vieira Mendes, a partir de Hedda Gabler, de Henrik Ibsen, é muito bom e as interpretações, à excepção de António Pedro Cerdeira, do qual nunca fui capaz de gostar, são excepcionais. O destaque vai, obviamente, para Maria João Luís. O comportamento da sua personagem já deu azo a tantas interpretações, todas elas possíveis, que se torna difícil saber qual a que estaria na mente de Ibsen ou dos autores mais recentes. De qualquer forma, se todos entendêssemos Hedda da mesma forma seria um sinal que a peça não atingia os seus propósitos.
Até domingo, no S. Luiz podem tentar formar a vossa opinião. Verão que valerá a pena.
Foto aqui
Há quanto tempo que não sei o que é ir ao teatro....
ResponderEliminarHoje domingo,16 horas, teatro da Comuna, oito
ResponderEliminarpessoas entraram na sala para assistir à peça
"eu sou a minha própria mulher", interpretação
de Júlio Cardoso. Uma peça interessante, bem
interpretada num teatro vazio. Faz pena!
Também não será pelo preço do bilhete, 10 €.
Parece-me mais desinteresse das pessoas.
Pessoalmente, não gostei de conhecer Hedda.
Temos todos muito pouco tempo mas, muitas vezes, quando temos esse tempo acabamos por ir pelo que parece mais fácil (e falo por mim): o cinema; deixando para trás peças muito boas.
ResponderEliminarM. Júlia: de facto os cortes nas despesas de cada um têm que se fazer sentir em algum lado. Mas certamente haverá muita gente que não é pelos 10 € que não vai ao teatro. E os nossos actores normalmente merecem. Quanto a Hedda, não gostou da peça ou da personagem?
ResponderEliminarNão gostei do texto, não gostei da encenação,
ResponderEliminarnem do cenário. Embora me lembre de uma peça
de Ibsen o Peer Gynt, representada no Teatro
Aberto, que me ficou na memória. Gosto muito
dos actores e tenho um enorme respeito por eles.
Por isso me custa dizer que não gosto, mas na
verdade nem sempre eles conseguem salvar um
espectáculo. Sou espectadora assídua de teatro.
Talvez por este facto eu tenha tendência a fazer comparações e seja um pouco mais por instinto que reajo às apreciações que faço.
Os meus teatros de eleição, são o D.Maria, o Teatro Aberto, a Cornucópia e a Comuna.
Raramente ou nunca, saio desiludida.
Adoro teatro.
Compreendo agora o que diz, M.Júlia. Quando se é uma espectadora assídua tem-se eventualmente um grau de exigência maior e com termos de comparação mais alargados a perspectiva será outra. Também gosto muito de teatro mas infelizmente vou pouco. Talvez por isso gostei da peça. As quatro salas de que fala são, sem dúvida, garantias de qualidade. Vou estar atenta à programação.
ResponderEliminarUma boa semana!
Olá Ana,
ResponderEliminarPode parecer estranho, ms foi pelo seu blogue e pelo (cerc)ARTE que fiquei a saber da peça - (a programadora do São Luiz é minha vizinha :).
Irei ver, de certeza. Até porque não me engano nada se pensar, de antemão, que não se enganou mesmo nada quanto à Maria João Luís. Ela é a Hedda que eu gostaria.
Até um destes dias.
Olá, Manuel. Pois eu até gostava de conhecer a sua opinião. Mas, a menos que tenha sido prolongado, estava previsto o espectáculo estar em cena, em Lisboa, apenas até dia 17.
ResponderEliminareu gostei muito desta Hedda. gostei do cenário e da encenação, também.
ResponderEliminarachei a Maria João Luís, excelente, como é habitual e o Marco Delgado também excelente.
O Cerdeira achei um péssimo erro de casting - achei-o muito mau mesmo! acabou por conseguir estragar a primeira parte da peça :-(
mas isto é a minha modesta opinião, claro.
e já agora para mim há uma (outra) sala/grupo que é sempre garantia de excelentes peças: Teatro Meridional.
Olá, Maria. Ainda hoje um amigo me dizia que concordava inteiramente com a opinião da M.Júlia. Para ele nem o texto se salvava. É bom equilibrar as opiniões e saber que não fui só eu a gostar. :)
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