sexta-feira, 13 de julho de 2012

Uma das razões/poemas porque gosto de Nuno Costa Santos

Perdoa-me

Perdoa-me esta tristeza
de súbito revelada

(já passa
como passam as nuvens
e as notícias em rodapé).

este ar de passarão triste
estes olhos de boga
este contrato a termo incerto com o pensamento.

Não é nada

sou só eu
de vez em quando.



in Nuno Costa Santos, às vezes é um insecto que faz disparar o alarme, Companhia das ilhas, 2012, p. 32

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