sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um Natal pela metade


Desde que nasceram as minhas filhas que a época natalícia lá em casa começava quando, numa das primeiras noites de Dezembro, íamos até à Baixa de Lisboa ver as iluminações de Natal. Era apenas um pretexto. Lanchar, comprar castanhas assadas e comê-las enquanto passeávamos, víamos as montras e apreciávamos os efeitos das luzes era um ritual que já fazia parte das nossas vidas.
Este ano a crise interrompeu a tradição. Devido à necessidade de contenção de despesas a Câmara Municipal de Lisboa decidiu cortar nos gastos e não há iluminações. Algumas instalações de alguns artistas nas principais praças da cidade é o que nos lembra a época. Compreendo e aprovo esta decisão. Mas não posso deixar de sentir que o Natal em Lisboa não será a mesma coisa. Para quem, como eu, tem um défice de espírito natalício sair ao final da tarde do trabalho e passear por baixo das luzes era algo que gostava de fazer e que, de alguma forma, me aproximava mais de algo a que não atribuo grande importância.
E se, por exemplo, Fernão de Magalhães, na Praça do Chile, está muito bem protegido por centenas de chapéus de chuva coloridos, já quem percorre a R. Augusta e chega ao Arco encontra umas metades de árvores vermelhas que nos demonstram que, pelo menos este ano, é difícil termos um Natal inteiro.

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