Caro anónimo: todos nós temos algum complexo e eu não fujo a essa norma. Mas complexo de esquerda, mesmo não sabendo muito bem o que é, não me parece que tenha. A dificuldade está exactamente em escolher o lado pois, por muito que se saiba (e não é o meu caso, certamente), nunca se sabe o suficiente para se fazer uma escolha fundamentada. Quanto a caviar nunca comi. Mas também não tenho complexos por causa disso. :)
Caro anónimo, António Pais: para facilitar as ideias de quem? Não percebi. Mas se se refere ao facto de este blogue ter moderação de comentários, sempre lhe digo que, até agora, muito poucos foram os comentários que deixei de publicar e todos tinham a ver com publicidade ou divulgação de iniciativas ou blogues que não me diziam nada. De resto, a discordância é sempre bem vinda.
Em primeiro lugar, compreendo esse teu desconforto. Identifico-me, também eu, mais com os valores ditos de esquerda que com os valores do lado oposto. Talvez por uma questão de moral (veja-se a política - e os comentários dos políticos deste governo - para se perceber porque sou moralista ...). Em segundo lugar, e é essa a razão que, sobretudo, me levou a escrever este comentário, há sempre um discurso em determinada gente de direita que me deprime, como o comentário triste sobre o "complexo da esquerda caviar". Será de um pobre de espírito que acha que de esquerda só podem, ou devem, ser os camponeses e operários? Há questões de essência que vão para lá do estatuto social ou académico, meu caro senhor.
O meu desconforto tem exactamente a ver com a categorização. Percebo que seja mais fácil para arrumar as ideias, como respondi ali em cima ao Daniel. Mas, apesar de me identificar, de forma geral, com os valores da dita esquerda, quantas vezes não dou por mim a concordar com outras perspectivas. E não acho que isso seja errado. De alguma forma compreendo o comentário sobre a esquerda caviar. Todos nós, em algumas situações, já utilizámos a expressão. E sei que, de facto, há muitas pessoas que defendem determinados princípios que estão longe de aplicar na sua vida quotidiana. Mas essa é uma realidade que sempre se verificará e é válida para qualquer dos "lados". Sabemos, também, que muitos dos apoiantes de políticas de "direita" são camponeses (operários, menos). É o percurso de cada um que define as suas opções. Para além do mais a linha que divide a "direita" da "esquerda" em alguns pontos é tão ténue que o posicionamento num ou noutro lado depende de motivos meramente circunstanciais, como estar, em determinado momento, mais ou menos perto do poder. De qualquer forma, como dizes, os valores ainda têm algum peso. E a forma como nos vemos tem, necessariamente, de querer dizer alguma coisa.
Mas o Delito é um Blogue plural, tem autores de Direita, mas também de Esquerda...
ResponderEliminargostei da história de dividir entre direita e esquerda. nada como uma etiqueta para resolver os problemas.
ResponderEliminarPois é, António. Eu também gosto de pensar nele assim.
ResponderEliminarA categorização em dois pólos sempre foi a mais usada. Talvez por facilitar a arrumação das coisas e ideias. Eu continuo a não gostar.
ResponderEliminarJá cá faltava o complexo de esquerda!
ResponderEliminarQuando vamos a ver, é tudo esquerda caviar...
"O seu comentário ficará visível após aprovação"
ResponderEliminarÉ PARA FACILITAR AS IDEIAS???
António Pais
Caro anónimo: todos nós temos algum complexo e eu não fujo a essa norma. Mas complexo de esquerda, mesmo não sabendo muito bem o que é, não me parece que tenha. A dificuldade está exactamente em escolher o lado pois, por muito que se saiba (e não é o meu caso, certamente), nunca se sabe o suficiente para se fazer uma escolha fundamentada.
ResponderEliminarQuanto a caviar nunca comi. Mas também não tenho complexos por causa disso. :)
Caro anónimo, António Pais: para facilitar as ideias de quem? Não percebi. Mas se se refere ao facto de este blogue ter moderação de comentários, sempre lhe digo que, até agora, muito poucos foram os comentários que deixei de publicar e todos tinham a ver com publicidade ou divulgação de iniciativas ou blogues que não me diziam nada. De resto, a discordância é sempre bem vinda.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, compreendo esse teu desconforto. Identifico-me, também eu, mais com os valores ditos de esquerda que com os valores do lado oposto. Talvez por uma questão de moral (veja-se a política - e os comentários dos políticos deste governo - para se perceber porque sou moralista ...). Em segundo lugar, e é essa a razão que, sobretudo, me levou a
ResponderEliminarescrever este comentário, há sempre um discurso em determinada gente de direita que me deprime, como o comentário triste sobre o "complexo da esquerda caviar". Será de um pobre de espírito que acha que de esquerda só podem, ou devem, ser os camponeses e operários? Há questões de essência que vão para lá do estatuto social ou académico, meu caro senhor.
O meu desconforto tem exactamente a ver com a categorização. Percebo que seja mais fácil para arrumar as ideias, como respondi ali em cima ao Daniel. Mas, apesar de me identificar, de forma geral, com os valores da dita esquerda, quantas vezes não dou por mim a concordar com outras perspectivas. E não acho que isso seja errado.
ResponderEliminarDe alguma forma compreendo o comentário sobre a esquerda caviar. Todos nós, em algumas situações, já utilizámos a expressão. E sei que, de facto, há muitas pessoas que defendem determinados princípios que estão longe de aplicar na sua vida quotidiana. Mas essa é uma realidade que sempre se verificará e é válida para qualquer dos "lados". Sabemos, também, que muitos dos apoiantes de políticas de "direita" são camponeses (operários, menos). É o percurso de cada um que define as suas opções. Para além do mais a linha que divide a "direita" da "esquerda" em alguns pontos é tão ténue que o posicionamento num ou noutro lado depende de motivos meramente circunstanciais, como estar, em determinado momento, mais ou menos perto do poder. De qualquer forma, como dizes, os valores ainda têm algum peso. E a forma como nos vemos tem, necessariamente, de querer dizer alguma coisa.