Que me perdoem os fãs do tema "Parva que sou", dos Deolinda. Mas confesso que, ultimamente, à excepção das músicas da publicidade ao "Pingo Doce", poucas canções me têm irritado tanto.
E eu nem devia ter dito canção porque a música é muito pobre, Miguel. Quanto ao texto, além de algumas constatações, não me parece que tenha alguma coisa de hino. Mas, este realce todo reflecte, de alguma forma, a vontade de encontrar um hino.
Concordo, não é canção. Mas hino adoptivo inclina-se seriamente a ser...
Pode dar-se que a juventude não ande a merecer muito mais do que o que tem; mas, garanto, a situação em que está é em absoluto insustentável e só a revolta é sentimento condigno.
A juventudo revê-se, pelas canções dos Deolinda, no desprezo sarcástico pela inépcia governativa da nossa sociedade...
Bom... eu nem por isso! :) Compreendo o que dizes relativamente à falta de perspectivas de quem está a estudar. Mas, na realidade, o futuro certo e claro para quem era licenciado há muito que deixou de existir (aliás na própria letra se diz que “esta situação dura há tempo demais”). E não é por isso que a necessidade de estudar deixa de fazer sentido. Pelo contrário. Nem que seja para adquirir alguma capacidade contestatária o saber mais é fundamental. E depois a preocupação não deve ser estudar para ser remunerado para ter dinheiro para casar, comprar a casa e o carro, mas sim para colaborar no desenvolvimento do país, cada qual na sua área (isto faz lembrar aquela frase do Kennedy ). Eu sei que isto pode parecer romântico mas também a ideia, transmitida de pais para filhos, que o “canudo” seria o passaporte para a estabilidade material fez muito boa gente “adormecer na formatura”. E o que me irrita é este alarido à volta de um tema que, comparado com outros, não tem qualquer força de hino e que está a ser aproveitado por todos que querem fazer dele o que ele não é.
Também sei muito bem que estudar serve acima de tudo para ganhar a competência e a maturidade não apenas de «saber-fazer», e de «saber-saber», mas também, muito importante, a de «saber-situar-se»!
De qualquer modo, é censurável a inépcia da governação económica da Europa e do nosso País.
Olha, na América, os bancos vão ter de contribuir com impostos extraordinários para o ressarcir dos gastos que o Tesouro desembolsou a suster a crise.
E na Inglaterra, o governo reuniu com os bancos para os obrigar a manterem o crédito às pequenas e médias empresas.
Por cá, só sabemos que o Cavaco reuniu com a banca, com o Durão Barroso, o Governador do B.P.,
e nada ainda se disse sobre como suster o desemprego...
E vão dois, Analima...
ResponderEliminarE eu nem devia ter dito canção porque a música é muito pobre, Miguel. Quanto ao texto, além de algumas constatações, não me parece que tenha alguma coisa de hino. Mas, este realce todo reflecte, de alguma forma, a vontade de encontrar um hino.
ResponderEliminarnum sei... eu gosto, mas em moderadas quantidades é claro.
ResponderEliminarPois, Daniel, a overdose colectiva à volta deste tema parece-me de facto exagerada.
ResponderEliminarBom... eu gosto!
ResponderEliminarConcordo, não é canção.
Mas hino adoptivo
inclina-se seriamente a ser...
Pode dar-se que a juventude
não ande a merecer muito mais
do que o que tem; mas, garanto,
a situação em que está é em absoluto
insustentável e só a revolta é sentimento condigno.
A juventudo revê-se,
pelas canções dos Deolinda,
no desprezo sarcástico
pela inépcia governativa
da nossa sociedade...
Bom... eu nem por isso! :) Compreendo o que dizes relativamente à falta de perspectivas de quem está a estudar. Mas, na realidade, o futuro certo e claro para quem era licenciado há muito que deixou de existir (aliás na própria letra se diz que “esta situação dura há tempo demais”). E não é por isso que a necessidade de estudar deixa de fazer sentido. Pelo contrário. Nem que seja para adquirir alguma capacidade contestatária o saber mais é fundamental. E depois a preocupação não deve ser estudar para ser remunerado para ter dinheiro para casar, comprar a casa e o carro, mas sim para colaborar no desenvolvimento do país, cada qual na sua área (isto faz lembrar aquela frase do Kennedy ). Eu sei que isto pode parecer romântico mas também a ideia, transmitida de pais para filhos, que o “canudo” seria o passaporte para a estabilidade material fez muito boa gente “adormecer na formatura”. E o que me irrita é este alarido à volta de um tema que, comparado com outros, não tem qualquer força de hino e que está a ser aproveitado por todos que querem fazer dele o que ele não é.
ResponderEliminarSem dúvida, tudo se perverte...
ResponderEliminarTambém sei muito bem que estudar
serve acima de tudo para ganhar
a competência e a maturidade
não apenas de «saber-fazer»,
e de «saber-saber», mas
também, muito importante,
a de «saber-situar-se»!
De qualquer modo,
é censurável a inépcia
da governação económica
da Europa e do nosso País.
Olha, na América, os bancos
vão ter de contribuir com impostos
extraordinários para o ressarcir
dos gastos que o Tesouro
desembolsou a suster
a crise.
E na Inglaterra, o governo
reuniu com os bancos
para os obrigar a
manterem o crédito
às pequenas e médias empresas.
Por cá, só sabemos
que o Cavaco reuniu com a banca,
com o Durão Barroso,
o Governador do B.P.,
e nada ainda se disse
sobre como suster o desemprego...
Bem quanto a isto, totalmente de acordo.
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