quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Parva, eu?

Que me perdoem os fãs do tema "Parva que sou", dos Deolinda. Mas confesso que, ultimamente, à excepção das músicas da publicidade ao "Pingo Doce", poucas canções me têm irritado tanto.

8 comentários:

  1. E eu nem devia ter dito canção porque a música é muito pobre, Miguel. Quanto ao texto, além de algumas constatações, não me parece que tenha alguma coisa de hino. Mas, este realce todo reflecte, de alguma forma, a vontade de encontrar um hino.

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  2. num sei... eu gosto, mas em moderadas quantidades é claro.

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  3. Pois, Daniel, a overdose colectiva à volta deste tema parece-me de facto exagerada.

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  4. Bom... eu gosto!

    Concordo, não é canção.
    Mas hino adoptivo
    inclina-se seriamente a ser...

    Pode dar-se que a juventude
    não ande a merecer muito mais
    do que o que tem; mas, garanto,
    a situação em que está é em absoluto
    insustentável e só a revolta é sentimento condigno.

    A juventudo revê-se,
    pelas canções dos Deolinda,
    no desprezo sarcástico
    pela inépcia governativa
    da nossa sociedade...

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  5. Bom... eu nem por isso! :) Compreendo o que dizes relativamente à falta de perspectivas de quem está a estudar. Mas, na realidade, o futuro certo e claro para quem era licenciado há muito que deixou de existir (aliás na própria letra se diz que “esta situação dura há tempo demais”). E não é por isso que a necessidade de estudar deixa de fazer sentido. Pelo contrário. Nem que seja para adquirir alguma capacidade contestatária o saber mais é fundamental. E depois a preocupação não deve ser estudar para ser remunerado para ter dinheiro para casar, comprar a casa e o carro, mas sim para colaborar no desenvolvimento do país, cada qual na sua área (isto faz lembrar aquela frase do Kennedy ). Eu sei que isto pode parecer romântico mas também a ideia, transmitida de pais para filhos, que o “canudo” seria o passaporte para a estabilidade material fez muito boa gente “adormecer na formatura”. E o que me irrita é este alarido à volta de um tema que, comparado com outros, não tem qualquer força de hino e que está a ser aproveitado por todos que querem fazer dele o que ele não é.

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  6. Sem dúvida, tudo se perverte...

    Também sei muito bem que estudar
    serve acima de tudo para ganhar
    a competência e a maturidade
    não apenas de «saber-fazer»,
    e de «saber-saber», mas
    também, muito importante,
    a de «saber-situar-se»!

    De qualquer modo,
    é censurável a inépcia
    da governação económica
    da Europa e do nosso País.

    Olha, na América, os bancos
    vão ter de contribuir com impostos
    extraordinários para o ressarcir
    dos gastos que o Tesouro
    desembolsou a suster
    a crise.

    E na Inglaterra, o governo
    reuniu com os bancos
    para os obrigar a
    manterem o crédito
    às pequenas e médias empresas.

    Por cá, só sabemos
    que o Cavaco reuniu com a banca,
    com o Durão Barroso,
    o Governador do B.P.,

    e nada ainda se disse
    sobre como suster o desemprego...

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  7. Bem quanto a isto, totalmente de acordo.

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