(imagem encontrada na net)
Os livros sempre tiveram, para mim, grande importância. Por isso, há muitos anos atrás, fiz uma lista dos livros que emprestei e das pessoas a quem os emprestei para não lhes perder o rasto. Infelizmente, nunca tive coragem de os pedir de volta e muitos deles nunca foram devolvidos. Entre eles estava o álbum "Toda a Mafalda".
Há muitos anos que não sei da amiga da altura a quem o emprestei. Ela certamente não conhece este blogue. Mas no dia em que se somam 50 anos desde que esta menina inocente e contestatária apareceu, pela primeira vez, nas páginas de um semanário argentino; apelo à sua devolução. Se tal não acontecer serei, certamente, uma das primeiras compradoras desta edição.
Gostaria muito de dar a ler às minhas filhas as reflexões, cheias de crítica social e de sentimentos de justiça, que Quino punha na boca da sua personagem, mesmo sabendo que, o próprio autor já o disse, Mafalda, hoje, seria diferente (esta entrevista é muito interessante).
Ao mesmo tempo não posso deixar de pensar que aquilo que me fascinava na idade que as minhas filhas têm agora, já não será tão marcante para elas. A minha ingenuidade, que encontrava eco nas palavras e atitudes da Mafalda, é difícil de repetir hoje em dia. Ou será que esta é a minha sensação, agora que essa ingenuidade se perdeu? Pelo sim, pelo não, o melhor é fazer as apresentações. Elas depois dirão.
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