terça-feira, 4 de março de 2014

Demasiado calor para a verdade

A influência da paisagem e dos elementos da natureza no comportamento das personagens é um clássico nas narrativas que encontramos em livros, peças de teatro, filmes... Neste "August: Osage County" essa paisagem e o calor asfixiante está omnipresente, mesmo que seja no interior da casa de família que as principais acções se desenrolam. Essa casa, que está normalmente fechada, às escuras, como que a guardar determinados factos que só alguns conhecem. Mas a reunião dos membros da família obriga a afastar as cortinas e a abrir as portadas ao mesmo tempo que conduz à revelação dos segredos que, inevitavelmente, ferem, magoam. Revelados ou não, esses segredos são a história da vida dos membros da família e é perante eles que tem que se continuar. Ou não. Porque é tão difícil continuar quando se sabe a verdade...
É muito boa a forma como as actrizes dão vida às personagens femininas. Mesmo nos papéis menos exuberantes, como o de Julianne Nicholson. Dos actores destaca-se, sem dúvida, Chris Cooper.
Pode não ser um filme inesquecível mas coloca-nos perante algumas questões que nos podem fazer reflectir e, só por isso, já vale a pena vê-lo.



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