Com a minha filha mais velha no Rock in Rio, a mais nova via a emissão da SIC Radical que transmitia, em directo, os concertos. Na altura em que passei frente à televisão, as repórteres no local, pois só mulheres eu vi nessas funções, falavam do último concerto. Entre frases sem nexo e brincadeiras inócuas mas verdadeiramente aparvalhadas, passavam o microfone e as imagens de umas para as outras sem que nada realmente acontecesse. Sim, já sei, só estive um minuto a ver. E também já sei que começo a ficar velha. Mas, caramba, será que não havia nada, mesmo nada, interessante para dizer? Entretanto percebi que esta foi uma estratégia delineada pelo director de programação do canal. "O problema é que não há ali gente com coisas interessantes para dizer", diz. E pensa, certamente, que do lado de cá, só há gente que aprecia ouvir baboseiras. Bem, pode-se sempre mudar de canal. Exactamente. Isso sim é ser radical!
É uma desgraça franciscana!
ResponderEliminarOs telejornais-espectáculo
são um ultraje à inteligência
mediana dos cidadãos;
mas as entrevistas, então,
são um espanto: os jornalistas
entrevistam-se uns aos outros!
E não há vergonha na cara!
Bem, este post era sobre uma situação muito específica. Mas tens razão. De uma forma geral, já não conseguimos distinguir os jornalistas, os comentadores, os protagonistas das notícias. E isso é também muito negativo para os próprios jornalistas.
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