sábado, 2 de junho de 2012

Radix

Com a minha filha mais velha no Rock in Rio, a mais nova via a emissão da SIC Radical que transmitia, em directo, os concertos. Na altura em que passei frente à televisão, as repórteres no local, pois só mulheres eu vi nessas funções, falavam do último concerto. Entre frases sem nexo e brincadeiras inócuas mas verdadeiramente aparvalhadas, passavam o microfone e as imagens de umas para as outras sem que nada realmente acontecesse. Sim, já sei, só estive um minuto a ver. E também já sei que começo a ficar velha. Mas, caramba, será que não havia nada, mesmo nada, interessante para dizer? Entretanto percebi que esta foi uma estratégia delineada pelo director de programação do canal. "O problema é que não há ali gente com coisas interessantes para dizer", diz. E pensa, certamente, que do lado de cá, só há gente que aprecia ouvir baboseiras. Bem, pode-se sempre mudar de canal. Exactamente. Isso sim é ser radical! 

2 comentários:

  1. É uma desgraça franciscana!

    Os telejornais-espectáculo
    são um ultraje à inteligência
    mediana dos cidadãos;

    mas as entrevistas, então,
    são um espanto: os jornalistas
    entrevistam-se uns aos outros!

    E não há vergonha na cara!

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    1. Bem, este post era sobre uma situação muito específica. Mas tens razão. De uma forma geral, já não conseguimos distinguir os jornalistas, os comentadores, os protagonistas das notícias. E isso é também muito negativo para os próprios jornalistas.

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