A própria realizadora chama-lhe uma fábula contemporânea sobre a família. As situações extremas que vemos no filme a isso levam a crer. Os actores estão muito bem e o miúdo é fenomenal. A realidade é que o nosso olhar, ao passar pelas casas que vemos à beira das estradas, nunca mais será o mesmo.
Não pude deixar de me lembrar (sobretudo nas imagens do engarrafamento) do conto "A auto-estrada do Sul" de Julio Cortázar, um dos meus favoritos, e que eu considero sublime, em que há como que uma fábula, em espelho, desta. Nesse conto a história é contada de dentro da auto-estrada onde um engarrafamento monstruoso, que durará dias a fio, vai obrigar à criação de relações humanas entre automobilistas, como se de uma sociedade se tratasse.
No final do filme fica a ideia de que, por vezes, é preciso sair de casa para a encontrarmos!
Viva
ResponderEliminarexcelente o teaser, desconhecia o filme por completo mas fica já na lista para ver.
Parabéns pelo blog, do que já vi estou a gostar.
Cumps.
Sim, acho que vale a pena ver o filme. Obrigada pela visita. E pelos parabéns. Volte sempre. Já espreitei o seu "Cores e Preto e Branco" e apetece-me dizer-lhe que gosto da maneira como vê o mundo. Ainda bem que a partilha connosco.
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