Ontem, depois do jantar, a minha mãe resolveu ir buscar duas fotografias que, em grande formato, se encontravam na parede da sala da casa dos seus pais antes de ser vendida; e das quais eu me lembro muito bem quando lá ia nas férias. Numa delas a mãe do meu avô materno, com o seu cabelo apanhado e o seu ar distinto olha-nos com uma beleza serena do início do século XX. A outra é a única fotografia que conhecemos da minha avó materna que morreu quando a minha mãe tinha 9 anos. 73 anos já passaram entretanto. Mas a minha mãe continua a recordá-la com a mesma emoção que sempre lhe observei quando fala dela. Esse momento em que as minhas próprias filhas testemunharam o carinho com que a avó guarda essas imagens foi o mais significativo deste dia da mãe.
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