Apesar de muito criticado por aceitar a publicação de uma biografia quando está apenas com 50 anos, a verdade é que Passos Coelho não é propriamente um caso único. Muitos o fizeram neste ponto da sua carreira, em épocas em que o seu futuro político está em vias de definição. Não há nada de excepcional na situação. E se há editoras prontas a fazê-lo é porque o mercado existe. Terá que ser o leitor a relativizar, tendo em conta as circunstâncias em que o texto é publicado, a autora, o facto de ter sido autorizado, os episódios que conta, os que são omitidos. Diz a editora na apresentação que "baseada num amplo trabalho de pesquisa, investigação e recolha de diversas opiniões e testemunhos, Sofia Aureliano escreveu uma biografia única que nos aproxima de Pedro Passos Coelho". Aproximará? E se o trabalho de pesquisa e investigação foi tão bem feito por que razão não falou com alguém próximo de Paulo Portas, ou com o próprio, para esclarecer as questões que mais celeuma levantaram? O testemunho de Secundino Cardoso do restaurante «O Comilão» poderá ser importante mas o de Diogo Feio poderia também ter sido equacionado.
Imagem aqui
E depois, numa perspectiva que é normalmente a correcta, devemos generalizar a expressão e considerar que basta escolher o que queremos ser para o sermos? E quem não consegue? É porque não tem capacidades? E que tipo de capacidades? As intelectuais, as económicas, as sociais? Ou será porque não quer com força suficiente? E o gesto de pôr a gravata tem alguma coisa a ver com tudo isto? Será uma piada a Varoufakis? A cor é uma provocação a António Costa?
Será que para responder a estas questões terei que ler o livro? Hum... Acho que vou ficar sem saber...
Será que para responder a estas questões terei que ler o livro? Hum... Acho que vou ficar sem saber...
acho que não, Ana.
ResponderEliminara intuição é capaz de ser suficiente. :)
Não sei... :)
Eliminar